segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Globalização e a religião de Òrìsà.



Autor: Oluwo Ifagbaiyin 

Essa semana assisti uma entrevista sobre o Fórum Econômico Mundial de Davos na Suíça, chamou a atenção um comentário sobre a economia dos Estados Unidos da América. Conforme relato fundamentado no departamento do tesouro americano, mais da metade da riqueza daquele país está nas mãos de dez por cento da população.

Diante dessa afirmativa fica difícil não comparar o que está acontecendo com a maior potência mundial e o que acontece em nosso país.

Nos chama a atenção que o Brasil enfrenta exatamente o mesmo problema da maior potência mundial, mais da metade da riqueza do país está nas mãos de menos de três por cento da população.
Conforme o governo americano divulgou desde mil novecentos e vinte naquele país a concentração da riqueza não era mantida com índices tão preocupantes quanto os divulgados no encontro financeiro.

Com a grande transformação que estamos assistindo na economia a sociedade tem seu comportamento alterado.

Tendo em vista que esses números retratam uma tendência mundial, seria importância verificar quais as ações estão sendo estabelecidas para que esse quadro dantesco se modifique.

O governantes paternalistas e populistas desapareceram com o passar do tempo e cada vez mais a população busca em seus líderes a figura de administradores competentes, essa mudanças em países presidencialistas deixaram uma parte da população órfão, criando uma agenda de discussões buscando equilibrar o bom senso administrativo com atos humanitários.

 Embora também seja verdade que essas tentativas não modificaram muito a tendência que já vinha se desenvolvendo a duas décadas.

Em meio a esse processo a sensibilidade dos sacerdotes deveria ganhar espaço para equilibrar a espada da justiça em detrimento das decisões administrativas em prol da humanidade.

Infelizmente o que se percebe é que alguns líderes religiosos usaram esse espaço para se beneficiar no cenário internacional criando inúmeras ilhas teocráticas disfarçadas.

A impressão que temos é que talvez leve mais um século para que se veja líderes religiosos influenciar de forma benéfica a política.

Nos últimos anos vimos a força destrutiva de alguns líderes terroristas islâmicos serem manifestados em nome de Deus e em nosso país um grupo evangélico usou da mesma prerrogativa.

Infelizmente eu não vejo diferença entre o prefeito do Rio de Janeiro e o Mulá Akhtar líder do Talibã, disfarçados de religiosos na verdade articulam o sistema político de maneira nefasta as outras religiões.

Ao mesmo tempo que a riqueza se concentra na mão de um pequeno grupo, o poder de barganhar dos corruptores se multiplica em incontáveis ações indetectáveis para a maioria da população.

Por outro lado a desarticulação da sociedade, com o discurso que opõe as classes fomenta questões setoriais que beneficiam grupos e prejudicam o conjunto barrando o universalismo do procedimentos, embora os iguais recebam cada vez mais tratamentos diferenciados o ideal seria que o grande questionamento no século vinte um fosse (como os mais ricos podem auxiliar os mais pobres), o que se está assistindo é um debate da minoria buscando formas para prejudicar a maioria.

Caberia aos líderes religiosos influenciar os políticos á atos humanitários para que em um futuro possa existir dias melhores, porem o despreparo desses sacerdotes termina estimulando os fiéis a uma busca insana para o desesperado ato da ganância.

Homens como o criador da igreja Universal multiplicam de forma vertiginosa os seus bens certificando para os membros de sua congregação que a busca pelo dinheiro é uma orientação divina, desnorteando a doutrina cristão que por dois mil anos pregou sobre a importância da grandeza de espirito.

Não muito longe desse cenário de afirmações infelizes alguns acadêmicos da religião de òrìsà ainda discutem se o Orobó pode ser aberto com faca esquecendo que velhos sacerdotes Yorùbás não tem plano dentário.

Como seria então os rituais no país dos desdentados, a força física da juventude seria a maior expressão do saber?

Essas são discussões desprovidas de intenções que construam uma ponte entre o profano e o sagrado reafirmando que a globalização segue um caminho de devastação na sensibilidade humana independente da religião.

Eu mantenho a ideia que a pobreza do pensar é um fenômeno da globalização, se não fosse assim como Donald Trump teria sido eleito para a presidência dos Estados Unidos e Temer teria se tornado presidente em nosso país.







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