Autor: Oluwo Ifagbaiyin
Essa semana assisti uma entrevista sobre o Fórum Econômico
Mundial de Davos na Suíça, chamou a atenção um comentário sobre a economia dos
Estados Unidos da América. Conforme relato fundamentado no departamento do tesouro
americano, mais da metade da riqueza daquele país está nas mãos de dez por
cento da população.
Diante dessa afirmativa fica difícil não comparar o que está
acontecendo com a maior potência mundial e o que acontece em nosso país.
Nos chama a atenção que o Brasil enfrenta exatamente o mesmo
problema da maior potência mundial, mais da metade da riqueza do país está nas
mãos de menos de três por cento da população.
Conforme o governo americano divulgou desde mil novecentos e
vinte naquele país a concentração da riqueza não era mantida com índices tão
preocupantes quanto os divulgados no encontro financeiro.
Com a grande transformação que estamos assistindo na economia
a sociedade tem seu comportamento alterado.
Tendo em vista que esses números retratam uma tendência mundial,
seria importância verificar quais as ações estão sendo estabelecidas para que
esse quadro dantesco se modifique.
O governantes paternalistas e populistas desapareceram com o
passar do tempo e cada vez mais a população busca em seus líderes a figura de
administradores competentes, essa mudanças em países presidencialistas deixaram
uma parte da população órfão, criando uma agenda de discussões buscando
equilibrar o bom senso administrativo com atos humanitários.
Embora também seja
verdade que essas tentativas não modificaram muito a tendência que já vinha se
desenvolvendo a duas décadas.
Em meio a esse processo a sensibilidade dos sacerdotes
deveria ganhar espaço para equilibrar a espada da justiça em detrimento das
decisões administrativas em prol da humanidade.
Infelizmente o que se percebe é que alguns líderes
religiosos usaram esse espaço para se beneficiar no cenário internacional
criando inúmeras ilhas teocráticas disfarçadas.
A impressão que temos é que talvez leve mais um século para
que se veja líderes religiosos influenciar de forma benéfica a política.
Nos últimos anos vimos a força destrutiva de alguns líderes
terroristas islâmicos serem manifestados em nome de Deus e em nosso país um
grupo evangélico usou da mesma prerrogativa.
Infelizmente eu não vejo diferença entre o prefeito do Rio
de Janeiro e o Mulá Akhtar líder do Talibã, disfarçados de religiosos na
verdade articulam o sistema político de maneira nefasta as outras religiões.
Ao mesmo tempo que a riqueza se concentra na mão de um
pequeno grupo, o poder de barganhar dos corruptores se multiplica em incontáveis
ações indetectáveis para a maioria da população.
Por outro lado a desarticulação da sociedade, com o discurso
que opõe as classes fomenta questões setoriais que beneficiam grupos e
prejudicam o conjunto barrando o universalismo do procedimentos, embora os
iguais recebam cada vez mais tratamentos diferenciados o ideal seria que o
grande questionamento no século vinte um fosse (como os mais ricos podem auxiliar
os mais pobres), o que se está assistindo é um debate da minoria buscando
formas para prejudicar a maioria.
Caberia aos líderes religiosos influenciar os políticos á
atos humanitários para que em um futuro possa existir dias melhores, porem o
despreparo desses sacerdotes termina estimulando os fiéis a uma busca insana
para o desesperado ato da ganância.
Homens como o criador da igreja Universal multiplicam de
forma vertiginosa os seus bens certificando para os membros de sua congregação
que a busca pelo dinheiro é uma orientação divina, desnorteando a doutrina
cristão que por dois mil anos pregou sobre a importância da grandeza de
espirito.
Não muito longe desse cenário de afirmações infelizes alguns
acadêmicos da religião de òrìsà ainda discutem se o Orobó pode ser aberto com
faca esquecendo que velhos sacerdotes Yorùbás não tem plano dentário.
Como seria então os rituais no país dos desdentados, a força
física da juventude seria a maior expressão do saber?
Essas são discussões desprovidas de intenções que construam
uma ponte entre o profano e o sagrado reafirmando que a globalização segue um
caminho de devastação na sensibilidade humana independente da religião.
Eu mantenho a ideia que a pobreza do pensar é um fenômeno da
globalização, se não fosse assim como Donald Trump teria sido eleito para a
presidência dos Estados Unidos e Temer teria se tornado presidente em nosso
país.