Estupides é
negar que houve adaptações para que o culto de orisá, no Brasil sobrevivesse.
Burrice é
não aceitar que hoje, temos condições de recuperar tudo que foi perdido em
razão da repressão de outrora.
Ignorância é
permanecer como está com a desculpa que respeita as tradições e os
antepassados.
Conveniência
é usar benéficos da modernidade e informações, somente em alguns itens que beneficiam
em uma questão especifica e em um tempo determinado.
Exemplos:
Usar tecidos
yorubanos para se dizer conectado com a raiz até na forma de vestir, porem em
modelos regionais, se o tecido yoruba o identifica com a raiz, certamente a
identificação vai está em conformidade com o modelo tradicional.
Afirmar que
joga por odu sem jamais ter recebido o merindilogun de alguém que tenha
conhecimento e odu para tal.
Se dizer
conectado com as tradições e usar adja, lagdiba, ileke de âmbar ou alabastro,
mas não ter os orisás arrumados com odu.
Distribuir cargos
em sua casa, sem saber cantar no mínimo oye.
Fazer ebó de
odu considerando o alinhamento do odu, com a quantidade, de itens a serem
usados.
Dizer que
vai consultar ifá e usar o merindilogun e lançar mão de somas da data de
nascimento dia, mês e ano para identificar orisá.
Usar ekodide
e não tirar o cabelo.
Se dizer
iniciado, mas não seguir as indicações de ewo (proibições).
Usar osun,
efun e waji, mas não conhecer folhas.
Pintar
alguém com waji e ofun e não usar osun, é assustador.
Se dizer de
orisá e levar iyawo na igreja, como diz dona Estela de Osossi, o povo ainda é
escravo e não sabe.
Se dizer
alinhado com cultura de orisá, e beijar a mão pedindo a benção, como indicação
do catolicismo em relação ao sacerdote.
Se dizer
atualizado e culto, e na festa para o orisá, servir maionese, estrogonofe, sem
ter a mínima noção de como preparar um eko.
Achar que esta
elegantemente vestida e chamar roupa branca de ração.
Se dizer que
é feito de orisá e ter usado mokan.
Dizer que
tem seu assentado e rezar diante de uma vasilha que tem um garfo de ferro.
Se dizer
oloorisa e cantar para vodun, e ainda por cima colocar o iba de um orisa sobre
um porrão.
Dizer que o
orisá é tudo na vida e se incorporar com catiço.
Sacrificar escondido
e não usar o seu próprio oruko e postar como esotérico.
Estupides,
burrice, ignorância ou conveniência, a verdade é que todos os dias, em nosso
país presenciamos auxiliares de enfermagem, se dizer médicos, auxiliares de
pedreiro se dizer engenheiros, sargento dizendo que é general e idiota se titular sacerdote.
A falta de
informação somada a interesses obscuros conduz por um caminho sem volta, a
ignorância montada na arrogância.
Vai ter que
existir em um futuro um órgão regulador, onde o despreparo impossibilite e o
conhecimento, seja premiado.
Admitir que
as monstruosidades que estão sendo feitas em nome do orisá, faz parte de um
processo de seleção, é desculpar o errado sem reconhecer o certo, é dar credito
para quem não merece e colocar todas as pessoas em um mesmo nível.
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