O Oluwo Ifagbaiyin criou o Projeto Ifá é para todos que fez mais de três mil iniciações. Celular/watsap 011-95478 5170 Email aworoase@hotmail.com
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Ifá
Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola
Com o passar do tempo muito se tem escrito sobre a
verdadeira função do sacerdote dentro da religião afro-brasileira, mas a
impressão que eu tenho é que quase nada foi esclarecido, um Babalawo ou um
Babalorisa é confundido com um proprietário da pessoa iniciada, as confusões
acontecem ou por parte de quem é iniciado ou por quem inicia. É muito comum
ouvir em minhas palestras perguntas sobre a relação de pais e filhos ou irmãos
na casa de Orisa.
Algumas pessoas acreditam que se forem iniciadas pelo mesmo
sacerdote que iniciou o seu cônjuge a situação caracteriza um incesto, isso nos
leva a seguinte pergunta somos católicos ou pertencemos a Religião Yoruba (Èsìn
Yorùbá) qual é a nossa verdadeira religião?
Uma grande quantidade de pessoas iniciadas em Orisa ainda
seguem preceitos católicos ou orientações espiritas por desconhecer os versos
de Ifá, não sabem que dentro desses versos existem as normas de comportamento
que orientam os iniciados e o seu comportamento diante de Olodumare.
Eu escuto todo tipo de pergunta, é melhor assim, pior seria
se as pessoas não perguntassem, continuassem com suas dúvidas, acredito que
devemos dividir informações.
Existe algumas coisas que devem ser esclarecidas, uma
pergunta frequente é relativa a preceito, sexo e pecado, no Odu Oworin Ofun,
fala que o sacerdote não deve fazer sexo com sua esposa naquele dia, ele está
comprometido com os rituais, todos as orientações de comportamento podem ser
encontradas nos versos de Ifá, no Odu Osa Otura, fala que devemos sempre falar
a verdade, no Odu Ogundakete, diz que não devemos roubar.
Um texto de Ifá muito conhecido do Odu Osetura, fala da
importância das mulheres, do respeito que os homens devem manter por suas
esposas, filhas e por suas mães, outro texto do Odu Ofun Meji, diz que o
iniciado em ifá deve ver Iya Odu e se tornar um Babalawo, já no Odu Ogbe Meji,
fica claro que a principal esposa de Orunmila só pode ser cultuada por quem
passou por um ritual chamado Ipanadu (cerimonia que o awo se torna um Babalawo,
momento que apaga se a luz para ver Odu).
No Odu Ogbe Yonu,fala sobre a relação financeira homem e a
família da esposa diz que até o casamento todas as despesas da mulher devem ser
mantidas pela família, mas depois do casamento o marido não deve deixar que a
mulher passe necessidades, a manutenção da casa é responsabilidade daquele que
assumiu a relação diante da família.
Ainda no Odu Ogbe Yonu, vamos encontrar dados referentes ao
casamento de um Babalawo, nesse Odu diz que não deve haver a separação e nem o
adultério, que as pessoas deveriam antes de assumir uma relação pensar
bastante, fala ainda que aquele que escolheu viver com uma única mulher deve
respeita-la e protege-la, ainda nesse Odu vamos encontrar uma advertência contra
o uso de magia maléfica contra o cônjuge, nesse caso Ifá vai se lançar em sua
defesa e não sabemos o que pode acontecer; nesse Odu diz que o Babalawo deve
ter uma postura digna e não deve se envolver com outras mulheres, a punição
para o sacerdote que não cumprir essa orientação diz Ifá: (que ele nuca vai
atingir o sucesso em seu trabalho).
Obs: Com respeito ao numero de esposas o Babalawo deve
seguir a orientação do seu odu e buscar uma forma de respeitar a cultura local,
podemos tomar como exemplo o odu Oyeku Meji a onde ifá diz:
Que aquele nascido sobre esse signo só pode ter uma esposa,
é evidente que também podemos considerar a leis de cada país, no Brasil é crime
manter se casado com mais de uma pessoa.
O Odu Ogbeyonu, fala da punição do Babalawo, que desejar a
mulher de outro awo, diz Ifá (aquele Babalawo ou iniciado em Ifá que deitar com
a mulher de outro awo, não deve ver outro amanhecer).
No Odu Ogbe Meji, a necessidade do comportamento digno é
enfatizada, de tal forma que a punição seria o infortúnio, a falta de sucesso e
o total esquecimento, o abandono do sacerdote, suas orações não devem ser
ouvidas, essa é uma das punições mais temidas, a relação homem Orisa deixa de
existir.
No Odu Obara Egutan Encontramos em detalhes, a relação de um
Babalawo, com a sua Apetebi, nesse verso de ifá diz (a escolha da esposa de um
Babalawo é apontada por Ifá quando ela nasce), existe vários Odus que indicam
essa relação, assim como também existe uma identificação bem clara nos versos
de Ifá sobre quem deve se tornar um Iniciado e quem deve se tornar um Babalawo,
ver Odu: Ogbe Meji, Oturupon Meji, Irete Meji, Iwori Meji etc.
No Odu Oworin Sindin, aparecem algumas indicações sobre a
necessidade do homem cumprir o seu destino, assim como no Odu ogbe Ogunda, fala
do cuidado com o Ori e a relação do homem com o destino por ele escolhido,
tendo como testemunho Orunmila, isso nos remeti a uma reflexão encontrada no
Odu Ogbe Meji (nem um homem deve se comprometer com um Orisa antes de conhecer
o seu destino) essa afirmação indica claramente que o homem deve conhecer a
indicação de Ifá para ter uma orientação sobre a sua vida religiosa, não é o homem
que escolhe o Orisa é Ifá quem indica os Orisa que devem ser cultuados.
No Odu Obara Kosun, fala da punição violenta caso o iniciado
não respeite o seu sacerdote e vice versa, o respeito deve ser mantido a
qualquer custo assim como a segurança da egbe (família) o sacerdote deve usar
todos os recursos que possui para proteger a sua família, dele será cobrado à
omissão.
Ainda no Odu Obara Kosun, Ifá alerta sobre o uso do Opele,
quem pode usar e sobre a remuneração, aquele que não usar o Opele com dignidade
jamais vai ver o sucesso, nesse verso ifá deixa claro que um sacerdote não pode
mentir e usar um instrumento de consulta em seu beneficio, jamais será aceito
qualquer tipo de mentira usando o nome de Ifá.
O Odu Ogbe Alara, fala de Iwa (caráter) a indicação é clara
nesse odu, a necessidade de manter uma postura reta, faz parte do dia a dia do
iniciado, temos a obrigação diante dos Orisas, de manter um comportamento que
honre toda nossa família e nossos antepassados, independente de nossa idade, a
juventude não é desculpa para o erro a pouca idade, é característica que indica
a inocência e não a má conduta, fica bem clara no verso do Odu Ofun Ose, que
diz (é preferível um sacerdote jovem e honesto que um velho sem caráter).
Nos versos de Ifá vamos encontrar inúmeras recomendações de
comportamento, inclusive referente à higiene, no Odu Ose Odi, consta uma
relação bem clara sobre a necessidade de se manter limpo e com o corpo asseado,
ainda nesse Odu diz Ifá (o homem tem responsabilidade com seus filhos até que
possam se manter, encontrar uma ocupação e ter sua renda, é responsabilidade
dos pais manter os filhos menores).
O Odu Obara Kosun, em seus textos indica que a pessoa que
foi iniciada no culto aos Orisas ou no culto a Ifá deve fazer oferendas às
divindades e manter os seus assentamentos em ordem, limpos o Ose (limpeza
semanal) é responsabilidade do iniciado e não do sacerdote.
Ainda falando do comportamento de um Babalawo, diz Ifá no
verso do Odu Ofun Gbadara, as coisas de Ifá não devem ser comercializadas por
um Babalawo, (um Babalawo não deve ser um comerciante), nesse mesmo Odu diz
(aquele que lhe prestou um favor, lhe deu uma ajuda deve ser recompensado) todo
trabalho espiritual tem que ser remunerado, se não for assim como o sacerdote
vai poder manter os seus assentamentos e continuar atendendo as necessidades
dos que o procuram.
O Odu Ofun Nagbe, fala da prosperidade do Sacerdote fala que
aquele que trabalha corretamente terá uma vida tranquila, assim como aquele que
possui Ikin nunca lhe faltara o alimento (Odu Idin Ka).
Um verso do Odu Ogunda Ogbe, orienta sobre o dia do Ose
semanal, um dia da semana devem ser reservados para cuidar dos orisas, nesse
dia os assentamentos dos Orisas devem ser limpos, já no Odu Okanran Obara a
orientação é sobre o assentamento de Egungun, diz Ifá (aquele para quem aparece
esse Odu deve manter viva a imagem de seus antepassados, essa pessoa deve ser
iniciada no culto a Egungun e deve honrar todos de sua família, com um
assentamento que deve ser mantido sempre limpo e bem cuidado, é obrigação dessa
pessoa escolher um sucessor que ira manter esse assentamento para que esse
culto não deixe de existir.
No Odu Iwori Meji, fala sobre fazer magias para quem não tem
como se defender, sobre o uso do conhecimento de um sacerdote contra quem não
merece tal atitude, diz Ifá (aquele que ataca um inocente a maldade e a
destruição voltariam para prejudica-lo).
No Odu Osa Meji, está bem claro que não devemos julgar o
nosso semelhante, só Ifá pode saber o futuro de cada pessoa diz Ifá: (um Ori
coroado não pode ser reconhecido por um ser humano, só Ifá identifica o Ori que
será beneficiado), não devemos menosprezar ninguém.
O Odu Oturupon Ofun, fala sobre o suicídio, não é permitido
a ninguém essa pratica só Ifá sabe e pode mudar o dia da morte, ainda nesse Odu
diz Ifá: à longevidade não é encantamento, devemos nos afastar de tudo que
possa diminuir o tempo de nossa vida, devemos fazer tudo para alcançar a
longevidade.
No Odu Ogbeyonu, Ifá é bem claro não devemos ser arrogantes
dentro da relação afetiva, devemos buscar o companheirismo como forma de
melhorar os relacionamentos.
Em Ika Ogunda, ifá fala sobre a necessidade de orar para
obter sorte e prosperidade, o homem deve manter suas orações, como forma de
disciplina e humildade, nesse Odu assim como no Odu Ogbe Ogunda, diz: o horário
de fazer as orações preferencialmente pela manhã logo que acordamos.
O Odu Osetura, diz não devemos nos exibir, devemos manter
uma vida regrada e sem exageros, um homem não deve discriminar uma mulher e uma
mulher não discriminar um homem, um velho jamais deve ser discriminado por
jovem da mesma forma que um jovem não deve ser discriminado por um mais velho,
o respeito deve existir indiferente da idade ou sexo.
No Odu Otura Irete, Ifá diz: (a bondade deve ser cultivada
como forma de gratidão) a bondade deve ser praticada, não devemos ser ingratos,
só Ifá sabe se não vamos necessitar em um futuro da ajuda de quem nos
beneficiou no passado, não devemos desfazer de quem um dia nos ajudou.
O Odu Otura Ofun, deixa bem claro a necessidade de manter os
ebós indicados por Ifá, se uma pessoa consulta, toma conhecimento do problema e
não fazer os ebós indicados a responsabilidade deixa de ser do sacerdote.
No Odu Òtúrúpon`Otúa, fala sobre a necessidade do sacerdote
estudar e ter conhecimento para honrar seus antepassados com sua capacidade,
diz Ifá: é responsabilidade do iniciado, assim como do sacerdote o aprendizado,
a capacitação daquele que abre as portas para o atendimento é uma
responsabilidade assumida diante de Ifá, todo ato praticado dentro da casa de
Orisa tem que seguir a orientação dos versos de Ifá; no Odu Iwori Otura, fala
sobre a disciplina dos estudos e a educação do iniciado em Ifá deixando bem
claro que devemos nos dedicar para obter uma educação adequada. O Odu Irete
Ofun, fala do estado de perfeição e o alinhamento com Olodumare se não somos
perfeitos devemos buscar a melhor forma de se assemelhar com a perfeição.
O Odu Iwori Ofun, fala do respeito que temos que manter por
todas as pessoas, se queremos ser respeitados, devemos respeitar todas as
pessoas sempre, a vida é um benefício recebido das mãos de Olodumare cabe a nós
tornar digno o viver.
Vamos examinar as seguintes reflexões, se uma pessoa que
consulta Opele desconhece que:
Oturupon Ogbe fala do uso da roupa branca.
Ogbe Ate fala que o caminho da prosperidade está escrito com
a honestidade
Ogbe meji fala da necessidade de bori.
Iwori meji fala de Isefá e Itefá.
Ogunda Ogbe fala de prosperidade.
Irete iroso fala de adultério.
Owarin Odi fala de loucura.
Irete Odi fala de ladrão.
Okaran Ogbe fala sobre Idé Ifá.
Obara Otura fala de colocar folhas verdes na boca dos
cabritos na hora do sacrifício.
Obara Ogbe fala da morte e risco de vida.
Oturupon meji fala de doença.
Ofun Ogunda fala de perda.
Irete Okanran fala de problemas.
Ogunda Osa fala do uso de drogas.
Irete Oyeku fala de abilu.
Osa Ogbe fala de pesadelo.
Ogunda Iroso fala de problemas com a justiça.
Ogbe meji fala da consulta ao Opele.
Iwori Ogunda fala do uso do opon.
Irete odi fala do uso do iroke.
Ogbe Irete fala de Iya Odu.
Ose Ogbe fala dos ikins.
Osa Irete fala de retirar o cabelo do iniciado.
Otura Odi fala de sacrificar animais machos para Ifá.
Ogbe Iroso fala do sacrifício de Ijapa.
Owarin Otura fala da falta de respeito as proibições.
Odi meji fala de abiku.
Owarin Ogbe fala de ebó riru.
Osa Okanran fala da transformação do problema com um ebó.
Ose Otura fala que a pessoa pode resolver o seu problema
rezando.
Okaran Oturupon fala do valor das folhas para a cura.
Ogbe Osa fala de Imule para sobreviver.
Irete Ogbe fala da necessidade de ver Iya Odu.
Osa Irete fala de popularidade.
Ogbe Ogunda fala da necessidade de trabalhar em dobro.
Ofun meji fala da pena de ekodide na iniciação.
Osa Otura fala para não mentir.
Otura Iwori fala da necessidade de mais de um babalawo para
fazer um Itefá.
Ogbe Ate fala que um Babalawo de verdade não pode mentir
mesmo que esteja passando necessidades.
Owarin Iwori fala que
o veneno está na língua.
Osa Odi fala que existe a necessidade de cultuar os
antepassados.
Osa Ogunda fala da necessidade de evitar o confronto com
inimigos.
Ogunda meji fala da presença dos inimigos.
Ogbe irete fala da vitória sobre os inimigos.
Ogbe odi fala de nascimento de gêmeos.
Osé ogbe fala de fazer ebós para recém-nascidos.
Irete oyeku fala que não é o momento para fazer o ebo.
O grande número de textos postados na internet falando sobre
versos de ifá, que não contribui em nada para a formação de um sacerdote da
religião tradicional, preocupa, como esses menos avisados pesquisadores,
que desconhecem a origem das informações
por eles usadas, podem fazer parte desse imenso quebra cabeça.
A falta de informações confiáveis ou o empecilho criado por
iniciadores que não fornecem material de estudos para os seus iniciados termina
empurrando os ansiosos para os braços da internet, quase sempre sentenciando o
mesmo a uma dúvida eterna.
Na intenção de contribuir com os awos em seus estudos,
fazemos uma releitura de dois textos
postados em nosso blog, vamos encontrar em Ifá a verdade, a verdade está dentro
de cada pessoa, a verdade é a luz de Olodumare que alimenta a vida em todos
nós.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Ifá eu agradeço!
Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola
Ifá esta me permitindo ver o resultado do meu trabalho, em
vida, grandes homens que fizeram grandes obras não tiveram essa oportunidade.
As noites sem dormir, as ofensas sofridas por mim, pelos
supostos donos da verdade que me acusam de revelar segredos é muito pequeno
diante do gesto que esse desenho expressa.
Quando criamos o Awo Zinho e divulgamos na internet que não
cobramos iniciações de crianças algumas pessoas acreditaram que era demagogia,
não conseguiram ver além, ifá esta nos mostrando que existem pessoas que
conseguem ver além.
Algumas pessoas estão incomodadas com o trabalho do
Ifagbaiyin, me desculpem vou seguir esse trabalho, eu estou aqui e vou ficar
enquanto Ifá, Osun e Soponnan permitirem.
Ifá que mais crianças se sintam motivadas pelo Awo Zinho,
que os netos dos meus netos vejam o nosso trabalho com bons olhos.
A dupe Ifá.
Orisa Àroni
Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola
Seguindo a ideia de divulgar o culto de alguns orisás que de certa foram poucos divulgados vamos falar um pouco sobre esse orisa que muitas vezes é divulgado erroneamente como Òsáyin, que é um orisa ligado as folhas, originário da cidade de Ofa.
Àroni acompanha o assentamento de Òsáyin e os dois orisás podem
ser cultuados juntos, como forma de afastar algumas doenças, invocando a força
existente na medicinada fitoterápica.
Esse orisa que recebe como oferenda, obi, orobo, oti e um
eiyelé e principalmente oyin, tem uma voz estridente, inconfundível que escoa
pela floresta.
Seu culto é muito conhecido pelos caçadores, por temerem se
perder a noite durante as caçadas, contam alguns itans que ao entrar na
floresta sem levar uma oferenda para Àroni os caçadores facilmente perdem o
caminho durante a caçada.
O culto desse orisá é mencionado no odu Òsé/ Owònrín e em um
dos versos desse odu, a alusão Àroni é tida como necessária para que as pessoas
consigam atingir o ponto máximo do Asíkí, (prestigio, boa sorte, e fortuna),
isso se deve a sua ligação com as iya mis, e a representação dos pássaros no
culto de Òsáyin.
Ewè Ilera Àroni
Orisa Òkè.
Autor :Babalawo
Ifagbaiyin Agboola
No Brasil, o culto a determinados orisás infelizmente acabou se perdendo é o
caso do orisa ÒkÈ, esse orisa é muito importante para as pessoas que buscam o
prestigio e o reconhecimento, assim como uma vida longa e tranquila.
O orisa da montanha como é conhecido é venerado em território
yoruba com um culto envolto de segredos e mistérios, o que podemos divulgar é
que para se obter a essência do culto existem alguns rituais, um deles o de
buscar os okutas para o assentamento é muito bonito.
De posse de obi, orobo, oti e um eiyelé, iniciado e
iniciador sobem a montanha e quando descem trazem envolto em folhas os okutas
para o assentamento.
No odu ogbe meji, é descrito o culto a orisa Òkè, que assim
como o orisa Olókun e Òrúnmilà vestem branco, mas que em suas oferendas recebem
azeite de dendê.
Epa imóle
Não existe òrìsà Irókò.
Autor: Olúwo Ifagbaiyin Agboola
Durante o processo que contribuiu com a vinda dos òrìsàs
para o Brasil, por várias razões muito se perdeu.
A necessidade de esclarecer sobre alguns òrìsàs o público em
geral nos obriga a assumir uma postura não de dono da verdade, mas de alguém
que sustenta uma discussão sadia como benefício para o culto de òrìsà no
Brasil.
Irókò na religião tradicional Yorùbá é uma arvore,
(Chlorophora excelsa), a confusão se criou por conta de alguns mistérios
envolvendo as divindades que são cultuadas entre as raízes da mesma, o fato de
também ser habitada por espíritos àbíkú, complicou mais ainda os
esclarecimentos sobre o verdadeiro culto ao òrìsàs Oluwere.
Oluwere é uma divindade que deve ser cultuado buscando vida
longa, esse òrìsà contribui para melhorias na saúde, assim como afasta as
energias negativas possibilitando uma melhor qualidade de vida.
O òrìsà Oluwere, pode ser cultuado também em outras arvores,
a dificuldade maior é encontrar o local de culto adequado, mas algumas arvores
centenárias podem ser usadas no culto a esse òrìsà, o Baobá, (Adansônia digitada),
é um exemplo.
Irókò Ikú
ko
Bere Ikú
ko...
Irókò afasta a morte...
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Orunmila o homem pensa que é dono da verdade!
Autor: Babalawo Ifagbaiyin AgboolaO comportamento das pessoas em nosso país me deixa muitas vezes bastante preocupado com o caminho que estamos seguindo.
Primeiro levamos 300 anos para reagir aos portugueses, depois 70 anos para reagir aos americanos, já faz quase duas décadas e ainda não reagimos a violência usada pela igreja universal contra as pessoas que cultuam orisás, vivemos no paraíso tudo é cor de rosa.
A ditadura militar, somada a cultura católica e os programas dirigidos nas redes de tv do nosso país, atrofiaram o cérebro da grande maioria da população, nosso povo não contesta porque não pensa, basta ver o governo que nós temos em qual seguimento nosso país esta indo bem, se o governo não permite que os professores reprovem os alunos, vivemos no país de faz de conta.
A atrofia cerebral criada pela ditadura nos obrigou durante anos a aceitar o que nos era dado sem questionar somente um pequeno grupo de intelectuais resistiu a uma única verdade, a verdade absoluta desapareceu para quem é informado, sucumbiu nos porões da ditadura.
Orunmila nos instrui no odu Osa/Otura, que a verdade é Olodumare nos céus, nenhum homem se aproxima da verdade sem a troca de ideias e o engrandecimento cultural do debate, é na troca de ideias e no respeito aos diferentes que evoluímos.
Querido irmãos, se uma família usa uma peça de roupa em ocasiões diferente de outra ou esse tem uma designação diferente, esses mesmo por discordarem devem andar nus?
Vejo com tristeza o caminho da falta de dialogo, ainda vivemos o reflexo do governo militar, em nosso dia a dia, os que pensam os que questionam, os que debatem ainda são vistos como polêmicos.
Solagbe Popoola é o porta voz do conselho mundial de ifá, e divulgou inúmeras notas em nome do conselho, falando sobre as regras que devem ser adotadas, isso tudo pode ser facilmente acessado na internet, mas tem um grupo que resiste em criar as suas próprias normas, constantemente somos surpreendidos com comportamentos impróprios daqueles que se dizem babalawos, o que dizer então daqueles que não faz muito foram iniciados.
Se os mais velhos e os que tiveram acesso as informações na origem não divulgarem publicamente as diretrizes do conselho mundial de ifá, vamos continuar assistindo esse espetáculo de mau gosto.
Babalawos são representantes da sociedade, que tem um compromisso com a verdade, mas qual é a verdade?
A verdade esta dentro de cada um, para que se construa um caminho de paz e respeito aos nossos semelhantes temos que ter a paciência de ouvir, temos que ter a humildade para somar esforços, só assim vamos construir um caminho em direção a verdade.
A verdade é Olodumare e os versos de ifá, são placas indicadoras do caminho, alguns preferem ignorar as placas, outros preferem o caminho mais longo, mas o objetivo é o mesmo, chegar a verdade.
A verdade não pertence a ninguém, a verdade é Olodumare e nós sacerdotes temos a obrigação de orientar o caminho mais fácil para os seguidores de ifá.
Ifá gbe wa o
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