quarta-feira, 15 de junho de 2016

ÀDÚRÀ TI OLOJÓ ÒNÌ



Ijò yí olùwa ìyè ijó yí

Persistente Senhor do Dia e da vida

Ijò yí olùwa ìyè ijó yí

Persistente Senhor do Dia e da vida

Má jé kó bàjé

Não me permita aprender a corromper

Má jé kó aro

Não me permita aprender tristezas

Má je kó bàjé o

Não me permita aprender a corromper-me

Ìyé ijó yí, ìyè ijò yí

Senhor do Dia e da vida, Senhor do Dia e da vida.





Àdúrà Òrìsà N’lá




KÍ ÒRÌSÀ-NLÁ OLÚ ÀTÉLESÉ,

 

A GBÉNON DÍDÙN LÀ.

 

NÍ IBODÈ YÌÍ,

 

KÒ SÍ ÒSÁN, BÈÉNI KÒ SÍ ÒRU.

 

KÒ SÍ ÒTÚTÙ,

 

BÈÉNI KÒ SÍ OORU.

 

OHUN ÀSÍRIÍ KAN KÒ SÍ NÍ IBODÈ YÌÍ.

 

OHUN GBOGBO DÚRÓ KEDERE NÍNU ÌMÓLÈ OLÓÒRUN.

 

ÀYÀNMÓ KÒ GBÓ OÒGÙN.

 

ÀKÚNLÈYÀN ÒUN NÍ ÀDÁYÉBÁ.

 

ÀDÁYÉBÁ NI ÀDÁYÉ SE.

 

 

Que o Grande Òrìsà,

 

Senhor da sola dos pés, guie-nos aos benefícios da riqueza!

 

Aqui é a porta do Céu,

 

nela pode-se entrar de dia e de noite.

 

Nela não há frio, e também não há calor.

 

Aqui, na porta do Céu, 0’nada é segredo.

 

E nela todas as coisas permanecerão claras diante da luz de Deus.

 

Que o destino não nos faça usar remédios.

 

Que as pessoas adorem de joelhos as coisas do Céu, para encontrar coisas boas na Terra.

 

Que as coisas boas sejam sempre encontradas na Terra.






ODU EJI OGBE  




Aromogege

Aromogege

Oji ni kutukutu mokun dani ola

Olomo Siju xixi wole Aye loruko Ifá

Eni ti o ba Siju Rere re wo nii lowo

Ifá kio Siju Rere re woo mi ki nlowo .

Tradução:

Ele quem vestes da criança para convir a criança.

Ele quem vestes da criança com o máximo de cuidado.

A pessoa que acorda de manhã cedo, segurando as vestes de prosperidade.

A pessoa que cuida da Terra é o nome do Ifá.

Quem quer que você olhe para com seu olho da

Compaixão, é abençoado com a prosperidade.

Ifá, por favor, me olham com compaixão e deixe-me ser abençoado com riquezas.

 Ifá, por favor, olhe para nós com a sua compaixão e deixe-nos ser abençoado com 
riquezas!


Ase




sábado, 4 de junho de 2016

Ifá e a falta de caráter.



Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

A historia da humanidade, foi escrita com inúmeros episódios de ciúmes e inveja, sempre existiu a intriga, a desonestidade e a falta de caráter.

John Kennedy, Martin Luther King, Malcolm X  e Mahatma Gandhi, assim como outros personagens da historia recente foram vitimas da falta de caráter de seus oponentes.

Eu não tenho a pretensão de me igualar a grandes nomes da historia mundial, mas em uma proporção um pouco menor entendo que sempre vai haver o ciúmes, e a inveja em oposição a bons projetos.

Quinzes dias antes de lançar a ampliação do projeto IFÁ É PARA TODOS me preparei para enfrentar o que já era previsto, a desonestidade e a inveja de meus oponentes.

Nesse período escrevi o seguinte texto:

Mesmo que você estude todos os livros de psicologia a resposta para a sua falta de caráter não será encontrada.

A verdade é que a covardia, a desonestidade e o ciúmes, assim como a falta de escrúpulos ainda requer muito estudo e dedicação para a sua real identificação.

A realidade é que tais manifestações denunciam o lado feio de alguns indivíduos e evidenciam as características negativas do ser humano, tão conhecidas ao longo da historia.

Se IFÁ não É PARA TODOS, porque a mesma pessoa se esconde nas entre linhas da rede social, pedindo esclarecimentos sobre IFÁ, PARA TODOS.

 Será que a sua formação é uma colcha de retalhos?

Infelizmente enquanto houver bons projetos, haverá o ciúmes e a falta de caráter como oposição. Esquece esse senhor, que IFÁ É PARA TODOS, inclusive para imbecis e idiotas sem escrúpulos.

A religião é para aqueles que não atingiram a perfeição, perfeito é Deus.

IFÁ É PARA TODOS SIM, inclusive para aquele que foi iniciado para se tornar um Bàbàláwo, mas que seu comportamento nunca permitirá que ele se torne um sacerdote.

Não é todo iniciado que se torna um Bàbàláwo, todos sabem disso.

Pressupor que IFÁ não É PARA TODOS é a ridícula pretensão que só pessoas especiais podem acessar a informação e a religião, é a expressão de alguém que acredita ser superior, é a arrogância daquele que acredita ser um escolhido.

Não é Òrúnmìlà que escolhe os nossos destinos, somos nós que fizemos a escolha, Òrúnmìlà é a testemunha do fato que antecede o nascimento.

Acreditar que você é um ser superior demonstra a inferioridade ao pensar e a falta de sensibilidade ao sentir.

Todos são iguais diante de Deus, o que nos difere uns dos outros são as nossas escolhas e o nosso comportamento.

“Os direitos de todos os homens são diminuídos quando os direitos de um só homem são ameaçados”


John F. Kennedy






quinta-feira, 2 de junho de 2016

IFÁ É PARA TODOS.






Origem do Projeto.

No dia 14 de fevereiro de 2012, conversando com minha Ìyá apetebi, durante uma viagem realizada de São Paulo a Porto Alegre, nasceu à ideia de criação do projeto IFÁ É PARA TODOS.

Naquele momento, percebemos que por uma questão histórica: o Brasil não tinha um número suficiente de Sacerdotes de Ifá para orientar e divulgar o Culto a Òrúnmìlà e aos Òrìsàs. Não em conformidade com a prática religiosa no território Yorùbá.

A comercialização de negros escravizados na África para o Novo Mundo era uma prática bem conhecida na época da colonização, porém, havia uma seleção dos escravos a serem comerciados. Os comerciantes negros sabiam da sabedoria e poder de liderança dos Sacerdotes de Ifá e os temiam. Quando um deles era identificado, não permitiam, em hipótese alguma, que embarcassem.

É preciso ressaltar que o colonialismo foi, também, uma dominação epistemológica: uma relação extremamente desigual entre saber e poder que suprimiu muitas formas de saber, próprias dos povos e nações colonizadas, inclusive a dos povos escravizados como os Yorùbás. No entanto, como na maioria das vezes em que há um plano de aniquilar conhecimentos, essa dominação fez surgir muitos outros saberes. Esses povos escravizados acabaram por gerar práticas que hoje se diferenciam, e muito, das que seguiram fazendo nas terras Africanas.

Numa tentativa de fazer emergir, nesse Brasil laico, os saberes desses povos da pré-colonização, o Projeto IFA É PARA TODOS tem como objetivo principal a difusão e o fortalecimento, no Brasil e nos quatro cantos do Planeta, da Religião Tradicional Yorùbá, também conhecida como Culto a Òrúnmìlà ou Culto a Ifá. Uma religião com mais de 12.000 anos de existência, originada na Nigéria e trazida, em parte, ao Brasil, pelos nossos ancestrais africanos vindos como escravos.


O Projeto IFA É PARA TODOS é, acima de tudo, um projeto que pensa contrário à ideia de que Menos é Melhor. Para nós, quanto mais iniciados, Bàbàláwos e Ìyánifás haja, melhor será o futuro de uma religião tão perseguida por preconceitos e concepções equivocadas. A sobrevivência de nossa religião depende de seus devotos.



segunda-feira, 9 de maio de 2016

Nota de falecimento




Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola 

Faleceu hoje finalmente depois de agonizar por muito tempo a vergonha dos políticos brasileiros, faleceu o respeito que os brasileiros mantinham por seus representantes, faleceu um sonho que ainda pudesse haver homens dignos ligados a politica.

Quando se opôs a decisão do parlamento o deputado Waldir Maranhão matou milhares de brasileiros que serão vitimados por assaltantes e assassinos nas ruas confiantes que nesse país não existe justiça.

Houve uma época no Brasil que ladrões e assassinos cometiam seus crimes escondidos na escuridão da noite, hoje eles desfilam nos telejornais e nas colunas sociais se divertindo com a ingenuidade de parte do nosso povo.

As crianças e os adolescentes brasileiros estão sendo criados assistindo esse circo em que tudo se pode e a ninguém se respeita.

 O futuro do nosso país esta comprometido pela falta de vergonha e de caráter de pessoas que seguem usando de malandragem.

Animais travestidos com colarinhos brancos continuam covardemente se alimentando no seio da nação, como víboras traiçoeiras esperam o melhor momento para atacar, rastejantes envenenadores do país.

A podridão da latrina na capital da nação poluiu de tal forma os céus de nosso país que impossibilitou a visão de dias melhores.

Respirar ares de liberdade tão contaminados pela impunidade e a falta de justiça social indignam homens de bem.

Vivemos um momento que pessoas honestas fogem da politica dando espaço para vermes ocuparem o congresso.

A falta de homens dignos dispostos a enfrentar os saques da nação contribuiu para o total discreto de nossos governantes.

É chegada a hora de expor a nossa opinião, de exigir respeito a um povo que sempre foi ordeiro e gentil, é chegada a hora de homens e mulheres de bem, dizerem um basta à corrupção.

A quase total extinção de seres pensantes com disposição para enfrentar os maus feitores foi construída por uma educação que valoriza a capacidade de pensar e substitui a logica por um conceito pré-estabelecido do que nunca foi verdade tornando o errado certo.
Infelizmente oque dizer de grande parte de um povo que se omiti as decisões da nação, a indiferença ao ocorrido no meio politico, implica em uma coautoria da barbárie.

 Homens de bem devem deixar claro aos nossos governantes que a festa terminou que eles devem tirar suas mascaras porque todos já conhecem seus rostos.

Autor: Bàbàláwo Ifagbaiyin Agboola



Iniciação em òrìsà e Ifá.




Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Infelizmente já não me surpreende mais o grande número de pessoas que se afastam do culto a òrìsà, a grande maioria delas tenta de toda forma encontrar uma solução para os seus problemas, porém depois de muito tentar, terminam se afastando de seus sacerdotes e muitas vezes até mesmo da religião.

Em quase a totalidade dos casos, podemos observar dois fatores específicos que contribuem para que o fato acima descrito aconteça.

 O primeiro é o quase total desconhecimento da verdadeira proposta religiosa do culto á òrìsà.
 O segundo o despreparo e a falta de critério de muitos dos sacerdotes.

No passado postamos um texto chamado “Religião de regras,” na tentava de explicar muitas das falhas ocorridas ao longo do tempo em nossa religião. Nesse texto vamos seguir um raciocínio paralelo na tentativa de evidenciar as falhas que constatamos no dia a dia, e também considerando as experiências adquiridas no atendimento de ex- praticantes do culto ao òrìsà em varios estados de nosso país.

A grande maioria das pessoas entra para a religião buscando solução para problemas muitas vezes incluídos em uma demanda ansiosa por respostas que nunca vão ser encontradas.

 O sagrado pode ser acessado, mas jamais vai ser desmistificado sem estudo e dedicação, a falta de cultura e o desconhecimento implicam diretamente na exacerbação do inimaginável como solução.

A máxima de que se não há uma resposta, se inventa uma, contribui para o descredito de muitos dos sacerdotes ocasionando diretamente o afastamento de milhares de adeptos.

Relativo aos dois elementos citados acima como desencadeadores dos fatos em andamento abordarei cada situação há seu tempo iniciando pelos fatos que comprometem o desenvolvimento da relação iniciado e iniciador pelo iniciado ou adepto.
Sempre considerando a boa vontade para explicar os temas em discussão, embora não tenhamos a intenção de figurar como donos da verdade. A nossa opinião é fundamentados naquilo que acreditamos sempre dispostos a ouvir outras opiniões.

Iniciado ou adepto:

- A expectativa criada em nossa religião para as soluções divinas não são sentidas no catolicismo, nem no judaísmo e nas demais religiões, seria porque o nosso Deus é mais poderoso que o das demais religiões?

 Ou seria que na mente de nossos adeptos foi criada uma ilusão sobre a temática da influencia divina em nosso dia a dia?

É bem verdade que Deus é um só, então prefiro considerar a incapacidade de raciocínio de nossos adeptos gerada por uma quase total falta de informação, implicando diretamente na decepção e no afastamento.

Se Deus e os òrìsàs estivessem a nossa disposição para resolver todas as nossas dificuldades nas áreas sentimentais, financeiras e emocionais, a pergunta que faço é, qual seria o motivo para vivermos?
Quando você sabe o que esperar da sua fé a decepção com o divino não existe, a felicidade se acentua e o destino é visto com a certeza que a quase totalidade dos acontecimentos foram escolhas nossas.

A força superior pode ser invocada, ela nos ouve e nos responde, infelizmente na grande maioria das vezes não escutamos a sua voz.

O iniciador (sacerdote):

Abordaremos a questão do sacerdócio nesse texto exclusivamente ao tocante do conhecimento e do preparo do oficiante dos rituais, considerando que a ética já foi abordado por nós no texto, “A ética e o sacerdócio”.

Vamos analisar a iniciação como fato isolado do elemento gerador do afastamento dos adeptos de nossa religião considerando o relato dos mesmos, embora em nossa opinião, tais fatos se originem em uma gama bastante variada de implicações.

Tomaremos como exemplo uma iniciação no òrìsà Ògún.

Partindo do principio que a teologia yoruba explica que os òrìsàs se originam dos odus supondo que o iniciador esteja se orientando pelos versos de ifá, sendo assim haveria inúmeras formas de acesso ao mesmo òrìsà, contida em odus com conteúdos diferenciados.

Sendo assim se o iniciador acessar o òrìsà Ògún no odu Iwori méjì, o conflito armado envolvendo a vida do iniciado poderá se tornar uma constante em seu dia a dia.

Já sem o devido preparo a mesma iniciação do òrìsà Ògún no odu Ògúndá Òfún, implicará em situações que poderão atrair o ilícito para o caminho do iniciado.

Por outro lado uma iniciação do òrìsà citado acima no odu Ògúndá Ìrosùn se bem aplicada devera implicar diretamente em prosperidade e ascensão do adepto.

A quantidade de odus que podem ser usados para culto do mesmo òrìsà é muito grande e a sua variação implica em situações recorrentes na vida do iniciado, positivas ou até mesmo negativas.
Imaginem que se em uma consulta o odu é fator determinante, o que dizer de uma iniciação, somente um profundo conhecimento sobre Ifá pode indicar o caminho a seguir.

Vamos observar os resultados diferentes de uma mesma iniciação em pessoas diferentes sem que tenhamos uma explicação logica.
Considerando o quase total desconhecimento sobre odu em nosso país, isso explicaria o grande numero de decepções com as iniciações.

O mesmo òrìsà que é positivo para Pedro pode não ser para João, as mesmas condições oferecidas para João podem ser insuficientes para o Orí de Pedro.

Imaginemos então a mesma iniciação no òrìsà Ògún, por despreparo ser constituída tomando como base o odu Ògúndá Iwori que fala da fúria desses òrìsà, o desconhecimento e o despreparo poderiam ser catastróficos.
Na verdade se diminuirmos os anseios dos iniciados lhes oferecendo mais informações e capacitarmos os iniciadores, o fluxo de abandono da nossa religião em quase a sua totalidade será contido.
 Essa é a razão porque insisto em uma divulgação da palavra de Òrúnmìlà por bons sacerdotes.

Bàbàláwos bem preparados podem reverter o processo de esvaziamento das casas de òrìsàs, para isso é necessário o entrosamento entre adeptos e os sacerdotes de ifá e òrìsà, sem isso jamais vamos poder explicar para a população aquilo que elas anseiam dos òrìsàs.

Sem um profundo estudo dos versos de ifá tentar justificar o que se desconhece é menosprezar os anseios daqueles que tem fé.





Por que o Ifá é indicado para quem segue a Umbanda?

  Por que o Ifá é indicado para quem segue a Umbanda? Quando me pediram para escrever sobre a Umbanda e o Ifá, pensei muito antes de aceit...