quarta-feira, 1 de março de 2017

A ética religiosa e as frivolidades do lobo hesitante.


Autor: Bàbáláwo Ifagbaiyin Agboola

Assistindo as noticias de tudo que vem acontecendo no mundo e observando as pessoas nas relações interpessoais e na rede social me surpreendo bastante com o aquilo que os sociólogos chamam de desenvolvimento humano.

Seguindo um raciocínio lógico, comparo aquilo que a experiência de anos me permitiu observar com aquilo que estou vendo na atualidade e não tem como não ficar perplexo.

Vejo algumas coisas que sei que uma parte da humanidade não enxerga, não faço isso porque sou melhor ou pior que as outras pessoas, faço isso porque a tranquilidade e a experiência da idade me permitem.

As mudanças de hábitos na população humana estão sendo documentada por filósofos e pensadores á séculos e a retórica que estamos evoluindo me deixa um pouco confuso.

O pensar não é algo planejado, a inteligência de muitas pessoas é comparativa e não tenho como apagar minhas memórias, sendo assim o cruzamento de informações é inevitável e a comparação ocasional.

Assistindo os acontecimentos diários surgem em minha mente algumas conclusões que vou tentar expor sem ter a pretensão de parecer certo ou errado.

A alienação daqueles que se recusam a pensar e que como papagaios repetem o discurso exaustivamente divulgado que interessa a um grupo pequeno e muito inteligente que lucra com a falta de visão de muitos criou modismos equivocados disfarçados de uma roupagem que tenta ser atualizada e moderna. 

O povo com o tempo foi levado para uma teórica zona de conforto que pensar não é permitido, o resultado disso tudo é tido como desenvolvimento e os ditos intelectualizados terminaram se colocando em um patamar que os aparta da maioria como forma de negação e superioridade.
A questão é simples, se eu não concordo com tudo que está ai tenho que me esforçar para que haja mudanças.

Aquele que não participa da reunião que define as metas, está concordando com a decisão da maioria.
Se você não participar daquilo que vai ser decidido e que será a expressão da  vontade da maioria a sua ausência vai refletir como conivência.

Da mesma forma que se você não pergunta e esclarece as suas dúvidas você perpetua a ignorância.
Existe uma necessidade de participação que clama por mudanças e a luta entre a ética e a indiferença deixa muitas pessoas de fora dos debates.

A ética é o equilibro das decisões entre aquilo que eu quero e aquilo que eu posso ou devo fazer.
Será que seria antiético no meio do feriado eu falar sobre o desenvolvimento humano, será que seria antiético falar de religião e filosofia no meio do Carnaval.

Será que vai ser entendido esse chamamento, falar de ética e chamar a atenção das pessoas para a vida no meio do feriado é utopia?

No fim de semana recebi uma visita de um amigo, ele é o retrato da grande maioria das pessoas na vida moderna, ele falou o tempo todo de pessoas e em nenhuma ocasião falou de ideias.

Eu acho que ter um pensamento próprio está ficando fora de moda, à preguiça mental está conduzindo a mesmice e consumir é a palavra de ordem, tudo segue como planejado pelos senhores do poder.

Observei esse meu amigo enquanto estava hospedado em nossa casa, nas refeições  no  café, no almoço e no jantar a primeira coisa que ele colocava na mesa era o celular, a todo o momento ele verificava a rede social, exatamente como planejado por aqueles que venderam essa ideia, ele foi escravizado e não percebeu.

Eu queria falar sobre esse assunto com ele, eu posso falar, mas será que eu devo?

Seria improprio ou antiético?

A realidade é que na vida moderna as pessoas cada vez mais estão olhando para os seus interesses e apontar equívocos passou a ser denominado como chatice.

O ser humano está seguindo por um caminho que obriga a modismos e estar fora do sistema deixa você fora do grupo social.

Nos diálogos as pessoas falam dos carros, das casas e da aparência das outras pessoas.

Elas falam de quanto dinheiro e propriedades foram adquiridas por seus amigos e por elas mesmas, mas se recusam a falar sobre conduta e ética, será que pensar foi proibido e a frivolidade virou modismo.

Quando as pessoas chegam de visita na casa dos amigos à primeira coisa que fazem é pedir a senha do Wi Fi ele falam sobre carros e roupas dinheiro e marcas famosas, elas deixaram de olhar nos olhos das outras pessoas e esqueceram a importância do ser humano.

Os verbos começaram a ser conjugados somente na primeira pessoa do singular.

O raciocínio da maioria segue a mesma lógica se eu tenho muito dinheiro terei muitos amigos, mas se eu tenho muitos amigos terei muito dinheiro?

Esse é o grande problema da humanidade hoje, relações verdadeiras foram esquecidas e você vale quanto tem no banco. Em razão disso os consultórios dos psicanalistas estão lotados de indecisos que não sabem o que priorizar.

As pessoas dedicam muito tempo para ganhar dinheiro, falta tempo para as relações interpessoais e isso faz aflorar as carências, até porque quando na maioria das vezes elas existem tem um interesse embutido.

A quantidade é o parâmetro na vida moderna e quase sempre a equação é equivocada porque se tenho muito dinheiro, muitos amigos, porque não sou feliz?

A grande maioria das pessoas das pessoas desconhece que a felicidade é um sentimento esporádico que pode ser vivido sozinho, e isso é facilmente comprovado.

Quando recordamos bons momentos ficamos felizes mesmo estando longe das pessoas que amamos, esse raciocínio indica que se temos boas lembranças não precisamos de muitas pessoas para ser feliz, a felicidade certamente não está na quantidade de amigos que temos.

Acredito que a missão de um religioso é incentivar as pessoas a enfrentar seus problemas e para isso devemos examinar essas questões, sinto que embora alguns sacerdotes prefiram se mostrar indiferentes a problemática humana fugindo dos debates, a responsabilidade deles reflete contribuindo com o processo ilusório.

As pessoas sensatas estão se calando com medo de serem agredidas, elas temem ser hostilizadas e terminam contribuindo com suas atitudes para mesmice do processo.

Me nego a compactuar com o pensamento de alguns sociólogos que defendem que a degradação humana é parte do processo seletivo e evolutivo.

A verdade é que muitas pessoas quando percebem o quanto é artificial as suas vidas já não conseguem soltar as amarras das frivolidades.

Essa conjuntura termina sendo transferida para os espaços religiosos e a busca termina sendo um simples reencontro com as decepções.

Pessoas limitadas e fixas e conceitos estipulados pelo poder buscam nas casas de religião aquilo que elas desejam ouvir e um sacerdote sem caráter termina usando isso em seu beneficio gerando assim um processo que se retroalimenta com as frustações e excreta ilusão.

O tempo está passando e a evolução humana está sendo contaminada com o desejo de riqueza e poder, as frivolidades estão ocupando todos os espaços com o consentimento da ignorância e a falta de objetivos concretos embriaga as vitimas do marketing bem elaborado.

A realidade convém a um pequeno grupo que governa o pensar da maioria, contudo existe uma saída, jovens pensadores devem ser estimulados incentivados, os modismos que limitam o homem devem ser esquecidos e o processo evolutivo deve ser retomado.

Sabemos que os lideres políticos não vão alterar o sistema por conveniência, cada um visa exclusivamente comercializar o que seus países produzem melhorando assim suas posições no tabuleiro do jogo de poder.

A humanidade está atravessando um período critico e isso aumenta a responsabilidade dos líderes religiosos, a capacitação de novos sacerdotes pode implicar diretamente na renovação do pensamento humano, afinal de contas esse era o plano de Deus quando mandou para a terra Jesus, Maomé e Òrúnmìlá.

 Os representantes de Deus sempre tiveram a missão dura de corrigir o pensar humano, não me surpreenderia se Deus estivesse reciclando os representantes atuais, tendo em vista que a dialética está sendo substituída pela negociata.

Os pastores estão ficando mais sujos que grande parte de seus rebanhos, com isso os lobos estão hesitantes e inseguros na hora do abate, eles sentem receio de se contaminarem com a ingestão de suas vitimas.    
                                         
                                              


domingo, 29 de janeiro de 2017



Aplicativo para o estudo de Ifá.


Conteúdo do Aplicativo:


Todos os Òrìsà nos 256 odus e muito mais e
odus que identificam:

-Odù que fala de raspar a cabeça na iniciação.
-Sobre Iniciação em Ifá
-Oferece bode ao Ifá para a vitória.
-Sacrificar Ìgbín para o ifá.
-Consagrar opele.
-Consagrar irukere.
-Esse Odù fala que o homem só deve ter uma mulher.
-Esse Odù facilita o parto.
-Fala sobre a necessidade dos Èwò.
-Importante manter a monogamia.
-Após o ebó a roupa da pessoa é colocada pendurada em uma arvore.
-Colocar Edun ara no Ifá.
- Fazer ebo com folhas de gbegi.
-A necessidade do uso da esteira para consultar Ifá.
-Sacrifício de pinto para Èsù.
-Fazer ebo com dendê a Èşù.
-Ewé Tete è a primeira folha para macerar.
-O uso do efun e algodão para ebo.
-Sociedade Ogboni.
-Sacrificar porco para ifá.
-A Remuneração do Bàbáláwo para os rituais efetuados.
-O uso do mariwo na iniciação, itefá.
-Oferecer ekodide para Èsù.
-Prestigio riqueza através de Ifá.
-Uso de Ikins no idé Ifá.
-O Bàbáláwo deve dividir seus ganhos com Èsù e os òrìsàs.
-Oferecer cabra a ifá para evitar a morte.
-Iya Apetebi a esposa do Bàbáláwo.
-Odù do perdão.
-Ritual do eta, (terceiro dia).
-Ritual do eje, (sétimo dia).
-Saudação dos Bàbáláwos e Ìyánifá.
-Sacrifica os animais macho e fêmea.
-O sacerdote deve guardar segredo sobre as consultas.
-Rezar para o orí todas as manhãs.
-Consagração Opon ifá.
-O homem deve apreciar a mulher que ele escolheu para viver.
-Instrumentos sonoros para ter energias positivas.
-O uso da palmeira em ebó.
-Fazer ebo para que os segredos não sejam descobertos.
-Lavar cabeça com folhas para prosperar.
-Oferecer ovelha a ifá.
-Sacrifício dobrado.
-À criação da sociedade Ogboni.
-Banhos para tratar problemas espirituais.
-Sacrificar animais de uma única cor.
-Consultar constantemente Ifá para ter sucesso.
-Lavar a cabeça com folhas para ter sucesso.
-Ebo com tudo em dobro.
-Fala sobre a necessidade dos èwò.
-Explica como o fenômeno Egúngún veio à existência.
-Fala sobre a necessidade do sacrifício.
-Odù perigoso queima o opele.
-Fala sobre fazer festas para os òrìsàs.
-O uso do idé ifá, fazer caridades.
-Neste Odù deve distribuir dinheiro como ebó.
-Neste Odù deve distribuir dinheiro como ebó.
-Odù que nasce o sacrifício de carneiro para garantir a vitória.
-Consagrar o Opon ifá.
-O cliente necessita de limpeza espiritual (ebó).
-O homem não tem direito de tirar a vida de outro.
-Sacrifício de cachorro para Ògún.
-Esse Odù fala que o Bàbáláwo pode estar enganado.
E muito mais tudo sobre os 256 odus.
*Toda a renda obtida com a venda do aplicativo será doada para o projeto Ifá é para todos, e será usada para custear a iniciação de crianças em ifá.

  https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.app.gpu1633201.gpuc5c5cc50d4e933829dd0ac47c6ca9c2e                                                         
   Bàbáláwo Ifagbaiyin Agboola



sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Ìyánifá




Bàbáláwo Ifagbaiyin Agboola

 Eu sinto vergonha quando leio alguns textos que tem como objetivo diminuir a importância das mulheres na religião tradicional yorùbá.

Quem deveria sentir vergonha é quem escreve essas besteiras, mas quem sente vergonha por algumas dessas pessoas dizem ser iniciadas em Ifá, sou eu.

O Ifá deveria trazer paz para a vida dessas pessoas, porque Ifá esclarece as dúvidas e soluciona os problemas, mas isso não está acontecendo com eles.

Uma Ìyánifá pode iniciar em Òrìsà, pode fazer Isefá, pode também consultar com Ikin e opele e fazer ebó.

Todos deveriam saber que uma Ìyánifá só não participa dos rituais para o Òrìsà Oro e para os rituais referentes à Iyá Odù.         
            
A Ìyánifá tem o direito de ter sua casa e atender a sua família e todas as pessoas que a procuram, ela só não pode fazer um itefá ou um Ìtelódù, por razões obvias.

Para fazer um itefá necessita fazer rituais para Iya Odù, isso é evidente.

Toda Ìyánifá com permissão para ter a sua casa tem a seu lado um Bàbáláwo, preparado para fazer os rituais necessários para tudo relativo à Iyá Odù.

Qualquer pessoa iniciada em Ifá deveria saber que para fazer um Itefá à pessoa deve ser iniciada nos culta a Iyá Oduologboje.

Porque algumas  pessoas têm essa necessidade de diminuir a figura feminina?

Isso deve ser fruto de problemas psicológicos, falta de informação ou preconceito.

Eu não pretendo explicar tais questões, deixo isso para os psicólogos e para os assistentes sociais, mas sinto vergonha porque essas pessoas são iniciadas no Ifá.

Na religião ou em qualquer outro seguimento não existe espaço para tanta ignorância e preconceito.

Se as pessoas se calarem agora será a vez das mulheres, amanhã serão os negros e depois os homossexuais.

Se continuar assim com o tempo somente os ignorantes poderão fazer parte de nossa religião.

No Ifá assim como na vida, os imbecis estão ocupando espaços porque os  homens de bem estão calados.

Não podemos esquecer que é responsabilidade de todos impedirem, o avanço do preconceito.

Só combatendo essas ações vamos poder sonhar com dias melhores e com uma sociedade mais justa, é indigno se calar diante dos fatos.


quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Um verdadeiro Bàbáláwo.



Autor: Bàbáláwo Ifagbaiyin Agboola

Nos últimos anos com o crescimento da divulgação do culto a ifá no Brasil o numero de incidentes envolvendo supostos Bàbáláwos tem aumentado muito. Muitas pessoas me perguntam como identificar um Bàbáláwo de verdade?

Existem um grandes números de pessoas em nosso país se passando por Bàbáláwo, muitos são nigerianos, mas nesse meio também existem vários brasileiros.

Quando eu me iniciei no ifá não existiam muitas pessoas que tinham coragem de dizer que eram Bàbáláwos brasileiros a historia mudou e hoje até quem não é, se diz.

A falta de dinheiro tem gerado um fenômeno muito interessante em todos os segmentos de nossa sociedade e multiplicam se os canalhas.

Nos presídios brasileiros o aumento do numero de nigerianos serve como um alerta que não pode ser tratado com indiferença.

Muitos nigerianos que chegam a nosso país estão ligados diretamente ao tráfico internacional de drogas, e é comum ver supostos Bàbáláwos iorubanos vendendo tecidos e obi.
Comerciante é comerciante e sacerdote é outra história.

Essa é uma das formas para identificar um falso Bàbáláwo, um sacerdote de ifá não comercializa artigos religiosos.

Um Bàbáláwo tem que ser um exemplo para a sociedade independente de sua nacionalidade, imagine se seria possível que Òrúnmìlá aceitasse que um sacerdote comercializasse os itens indicados por ele para um ebó.

 Tal raciocínio é impossível, pois na falta de um material na anseia de obter o dinheiro a falta de caráter poderia levar a mudança da orientação de ifá.

Uma pessoa que fala o idioma em yorùbá não necessariamente é um Bàbáláwo se fosse assim também seria correto que qualquer pessoa que domine o idioma inglês deva ser americano ou britânico. O idioma ou as vestes não deve confundir quem esta em busca de religiosidade.

Alguns nigerianos que vem para o Brasil são mulçumanos, esse sujeitos ávidos por dinheiro dizem ser profundos conhecedores da religião tradicional yorùbá, esse fato tem frustrado muito o contato dos iniciados em òrìsà do nosso país com os supostos sacerdotes.

Outra questão que tem chamado muita atenção é o quase total desconhecimento dos significados da palavra ética de alguns sacerdotes iorubanos que chegam ao nosso país, o desespero por dinheiro faz com que essas pessoas comercializem o inimaginável.

O comercio de títulos por parte de alguns sacerdotes yorùbá para pessoas recém-iniciadas em nosso país é um escândalo que deveria envergonhar brasileiros e nigerianos, ao invés disso o que assistimos em contato com esses supostos sacerdotes da terra mãe, é o fato que tudo se vende e tudo se comprar, menos dignidade.

Seguindo assim, em breve o Brasil vai se tornar o país do mundo com maior números de arabas, se facilitarmos em breve teremos o nosso próprio Alaafin acompanhado de um certificado com palavras escritas em Yoruba.

 A situação se não fosse gravíssima seria cômica, porque o numero de disparates divulgados em nome de ifá em nosso país se multiplica em uma velocidade que só o dinheiro alimenta.

Muitos são os culpados por essa aberração, tem culpa brasileiros e yorùbá, embora a mola propulsora seja a ganancia.

Quando estive no território yorùbá conheci muitos homens que sabem versos de Ifá, mas que no convívio diário não merecem ser chamados de Bàbáláwos, mas também conheci bons sacerdotes de Ifá.

Graças a Òrúnmìlá eu tive muita sorte nessa procura e fui agraciado conhecendo verdadeiros Bàbáláwos, é esse fato que me estimula no combate a mentira que tanto prejudica a nossa religião.

A ética, o respeito, a honestidade e a dignidade, substituem com facilidade a formação acadêmica de muito intelectuais diante da espiritualidade, no ifá a postura digna diante do sagrado muitas vezes substitui o herodito.

O que os brasileiros esperam dos yorùbá que vem em nome da fé para o nosso país é respeito, é impossível que tudo esteja à venda, é impossível que tudo tenha um preço, mas também é inaceitável que existam pessoas dispostas a tudo comprar em nosso país.

Se cada um que aqui chega dizendo que é Bàbáláwo fosse investigado a realidade não seria tão frustrante. A falta de caráter de alguns desses senhores deveria envergonhar a todos, mas principalmente deveria envergonhar os verdadeiros Bàbáláwos yorùbá e brasileiros.

Uma coisa é certa para identificar um Bàbáláwo de verdade, a pessoa disposta à busca tem que ser no mínimo honesta.

Brasileiros sem caráter, sempre vão conseguir se identificar com pessoas com as mesmas características não importa de que país elas venham.






segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Iniciação de ifá



Autor: Bàbáláwo Ifagbaiyin Agboola.

Muitas pessoas me perguntam por que elas deveriam ser iniciadas em ifá?

Usando um raciocínio lógico vamos tentar esclarecer aqueles que ainda têm duvidas sobre o ifá.
O culto a òrìsà existente no Brasil é oriundo do território yorùbá, o idioma usado nos rituais para os òrìsàs é o yorùbá.

É natural que devamos seguir os princípios de nossas raízes religiosas da Nigéria.

Na religião tradicional yorùbá acredita se que antes de nascermos escolhemos um destino.
A escolha desse destino é testemunhada por um único òrìsà (Òrúnmìlá), é só ele que pode nos fornecer informações a cerca deste.

Esse òrìsà quando invocado em forma de oraculo é conhecido pelo nome de Ifá.
Nós acreditamos que é impossível obter informações sobre o destino de uma pessoa que não seja através do Ifá.

Por essa razão a iniciação em Ifá é extremamente importante para quem deseja cultuar outros òrìsàs.
O tempo dedicado às orações e ao cuidado dos assentamentos dos òrìsàs quando usados de forma correta propicia melhores resultados.

Também se pode afirmar que as atividades religiosas têm custos que quando bem administrado para òrìsàs corretos propiciam para o iniciado melhores resultados.

Para manter a energia do òrìsà no assentamento devem ser mantidos inúmeros rituais, isso implica em dedicação, tempo e dinheiro.

Uma pessoa que não seja um sacerdote não necessita vários assentamentos o ideal é que seja identificada a necessidade de cada individuo, é nesse ponto que entra o ifá.

A identificação antes de uma provável iniciação vai diminuir custos e apontar com clareza para qual òrìsà o iniciado deve dedicar sua atenção.

A iniciação em Ifá (itefá) possibilita uma total identificação com a ancestralidade.
 Todo òrìsà é bom e não existe iniciação para o òrìsà errado.

Mas somente a iniciação para o òrìsà correto implicara em melhores resultados na vida do iniciado.
Muitas pessoas dedicam suas orações para òrìsàs que são cultuados equivocadamente.

 Todo dia recebo mensagens de dezenas de pessoas que desejam mais informação sobre o seu òrìsà, mas quem garante que esse é o òrìsà correto para essas pessoas?

Diante disso a resposta é clara!

Com as informações corretas os resultados positivos para os adeptos são ampliados, essa é a razão porque todos deveriam ser iniciados em Ifá.



Por que o Ifá é indicado para quem segue a Umbanda?

  Por que o Ifá é indicado para quem segue a Umbanda? Quando me pediram para escrever sobre a Umbanda e o Ifá, pensei muito antes de aceit...