domingo, 17 de abril de 2016

A intimidade inoportuna.


Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

As razões que me fazem argumentar sobre esse tema se justifica por minha condição de sacerdote e de homem de bem que acredita que o respeito é bom e que todos merecem ser respeitados.

 Sendo assim explanarei o meu pensar partindo do principio que entorno de cada pessoa assim como entorno de cada residência  deva existir um terreno particular que não deve ser invadido. Nesse texto denominarei esse terreno como intimidade.

 A intimidade inoportuna é a intimidade inexistente, ou inconsistente, é a pressuposta proximidade visando benéficos diversos do suposto ou da imagem do suposto amigo.

O fato de uma pessoa ter um perfil público na rede social não permite determinadas aproximações, o contato da rede não tem a intimidade que imagina um contato não é um amigo, e um amigo nem sempre é intimo.

A tomada de intimidade na rede social só é aceitável nos meios menos esclarecidos que desconhecem os bons modos e a educação mínima em relações interpessoais.

A rede social tem inúmeras coisas boas, mas a falta de bom senso de alguns termina prejudicando aquilo que deveria ser uma forma de aproximar as pessoas.

A aproximação, ou o contato não implica em ser intimo, a intimidade só existe em um relacionamento constante e próximo e isso em hipótese alguma se resume a internet.

A intimidade consistente é mantida em uma relação continua e harmoniosa, só a intimidade consistente permite determinadas aproximações.

Uma pessoa que tem um perfil respeitável e familiar na internet espera de seus contatos uma consideração que impossibilita determinadas intimidades.

É comum ver na internet alguém que não tem contato intimo com uma pessoa tomar a liberdade de fazer comentários, muitas vezes sem nenhum sentido.

Muitas vezes assisto peritos em odontologia opinar em pagina de ginecologia, médico otorrino opinar em textos sobre o aspecto jurídico, boêmios e supostos poetas que se tem como espertos escreverem sobre a vida das pessoas.

A falta de noção de poucos incomoda a intimidade de muitos, a falta de percepção do todo prejudica á aproximação inibi a naturalidade e ativa o sentido de preservação.

A nossa sociedade vem assistindo a falta de respeito de nossos lideres e de muitas autoridades de nosso país e isso da á errada impressão para os menos esclarecidos que existe liberdade para tudo, mas isso não é verdade.

Toda pessoa que acreditar que sua intimidade foi invadida tem o direito de se proteger ou se assim desejar  procurar as autoridades com a intenção de responsabilizar criminalmente o importuno.

Acredito que comentários importunos devem ser sim respondidos, o direito de resposta deve ser garantido a quem foi ofendido, uma ação implica diretamente em uma reação mesmo que muitas vezes ela não seja visível ela deve ser sentida.

A liberdade deve ser mantida coberta pelo manto do respeito e do discernimento entre o certo e o errado.

Toda postagem na rede social pode ser apreciada, porem para comentar ou opinar é necessário bom senso, o fato de uma Postagem estar publica, não quer dizer que não tem um autor que merece respeito.

Na rede social existe varios tipos de postagens:

Formais de cunho s familiares que e só a família deveria comentar.

Formais e intimas que só os mencionados poderiam comentar.

Formais e pessoais que somente os íntimos deveriam comentar.

Profissionais que só deveriam ser comentadas por pessoas que desenvolvem a mesma função.

E as informais que deveriam poderiam em tese ser comentadas por contatos.

É estranho que tudo isso aconteça, que a falta de noção contamine as relações, embora nossa sociedade viva cercada de grades em suas residências enquanto muitos bandidos permanecem livres pelas ruas.

Não é de estranhar que em nossa sociedade exista tais aberrações onde pessoas de bem sintam sua intimidade prejudicada, enquanto a falta de cultura e a ignorância alimentam os importunos.

Enquanto as autoridades não regulamentam de fato as relações nas redes sociais vamos conviver com nossas famílias expostas a contatos indesejáveis e impróprios, que fazem questão de se mostrarem por ciúmes, inveja ou ignorância.





sexta-feira, 15 de abril de 2016

Ifá é liberdade.




Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola.


Gostaria de convidar os meus amigos para refletir sobre o artigo 5º da constituição do nosso país, é interessante que alguns líderes religiosos não percebam que é necessário cumprir a lei para desenvolver um trabalho apreciável na religião.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.

Se você não permite que um iniciado em sua casa se afaste ou que ele busque outra casa para consultar algo não esta bem, a pessoa deve ter liberdade para sair pela mesma porta que entrou, não conheço nenhum verso de ifá que obrigue um iniciado a seguir seu iniciador em caso de não haver mais um relacionamento equilibrado.

Se os nossos filhos que acompanhamos desde antes do nascimento não somos proprietários, o que dizer de “filhos” de religião?

Essas pessoas que muitas vezes nos procuram em um momento difícil de suas vidas, tem uma forma própria de ver a vida e a religião, então como vamos controla-las?

É impossível, é inadequado e sem sentido.

Muitas vezes alguém que chegou a sua casa desempregado e que agora esta em uma situação financeira privilegiada muda completamente o foco, a pedida já não é mais a mesma e deixamos de ser útil, a pergunta é temos o direito de impedir essa mudança?

Conheci muitos jovens que entraram na religião porque queriam uma namorada ou ser aprovado no vestibular, hoje são ótimos profissionais e esqueceram os òrìsàs e as pessoas que os iniciaram, será que isso motiva o sacerdote para uma vingança?

Não vejo com bons olhos as pessoas que se afastam das casas que os serviram e saem falando mal de seus sacerdotes, assim como abomino as historias de alguns sacerdotes fazendo alusão a detalhes da vida intima de alguém por eles iniciado.

Se a louça rachou não é necessário quebrar o restante, você pode colar e usar de outra forma bem diferente.

 Porque o amigo íntimo de ontem deve ser o inimigo de amanha?

Coisas da relação humana que de forma desumana presenciamos no dia a dia, o homem virar animal e considerar que se você não esta a favor dele certamente esta contra, esquece ele que o ar que ele respira não tem proprietário e o mesmo sol que o ilumina pode queimar a pela de outra pessoa.

A verdade é que é muito dura você vê que seu filho está adulto e que começa a tomar decisões sem pedir a sua opinião, se isso acontece em nossas casas porque não aconteceria nas casas de religião, temos que saber entender as necessidades das pessoas, elas mudam como muda o vento.

Uma pessoa que tenha um problema afetivo hoje e que todo dia me procura para se lamentar se iniciada no òrìsà certo pode viver um grande amor para toda vida, porque ela iria continuar se lamentando se esta feliz?

 O entender é parte do querer bem, o compreender é irmão gêmeo da aceitação, sem aceitação não existe entendimento.

Há muitos anos, em uma conversa com mãe Edelsuita, comentei com ela que algumas pessoas tinham saído de minha casa, ela calmamente me disse meu filho somos como postos de gasolina, as pessoas chegam com o tanque vazio, abastecem e seguem a viagem. Em um primeiro momento a frase me chocou, hoje tenho certeza que tudo que ela me disse esta certo.

Soube que em alguns lugares as pessoas pedem uma importância em dinheiro para entregar os òrìsàs que elas já receberam para assentar, se a pessoa não deve nada, porque ela teria que pagar para ser liberada?

 Será que isso é uma indenização para o ego do sacerdote?

Será que esse dinheiro consegue afastar a tristeza de quem se vê sozinho?

A solidão é um monstro cruel que quando domesticado serve para fortalecer o pensar, ampliar o querer e apurar o sentir.

Devemos aprender a viver com lembranças, porém com esperanças renovadas. Quem vive no passado se atrapalha com o presente, mas quem esquece as experiências comete os mesmos erros.

Viver é se equilibrar, entre o querer e o poder!

Se você apertar muito o pássaro entre as suas mãos nunca sentira a alegria de ver o seu voo.

“Filho é um ser que Deus nos emprestou para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isso mesmo! Ser mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.”

José Saramago


Essa argumentação é adequada à realidade da religião em nosso país, no território yoruba nada disso acontece por questões filosóficas, sociais e culturais, a hipótese do afastamento da casa a qual alguém foi iniciado não existe.



domingo, 20 de março de 2016

O conhecimento em ifá.


Autor:  Bàbàláwo Ifagbaiyin Agboola
Quando perguntei para o meu Oluwo como identificar um Bàbàláwo que já esta em ponto para se tornar um Oluwo ele me disse, naquele português enrolado que é característico dele, um Bàbàláwo conquista o seu espaço dentro da família quando participa de rituais e se mostra familiarizado com tais atividades.

A mesma pergunta eu fiz para o Araba quando perguntei como ele foi escolhido para ser o Araba da cidade de Lagos, ele me respondeu proeminência.

Uma pessoa proeminente aparece não porque quer, ela aparece porque o seu conhecimento se impõe e o reconhecimento acontece naturalmente.

No caso do Araba ele foi sabatinado durante três dias antes de ocupar a função máxima do Ifá na cidade de Lagos, algumas pessoas conhecem esse ritual por iko ate, que vamos traduzir aqui para facilitar como uma sabatina feita por seus colegas.

Na família Agboola, não existe esse ritual, na Nigéria, nenhuma pessoa tem coragem de dizer que é um Bàbàláwo, sem antes ser reconhecido por sua família, apto e digno a essa função dispensando qualquer teste.

Chama a atenção que com exceção do meu Araba, nunca conheci alguém que tenha passado por esse ritual.
Ouço muito falar, mas nunca vi na rede social uma única foto de um brasileiro que tenha sido submetido a esse ritual, um líder representa seus liderados, não existe líder sem seguidores.
Normalmente esse ritual é usado na hipótese como citei da escolha de um líder que vai representar varias famílias.

Observação: O chamado iko ate se torna necessário quando a pessoa vai representar outras famílias em um grande território porque nem sempre o seu conhecimento é testemunhado por pessoas que não fazem parte do seu dia a dia. Seria uma forma de provar para quem não conhece a pessoa a sua capacidade.

Quanto ás iniciações, é certo que em nossa família, um pré-iniciado, no ritual de isefa recebe um mínimo de dezoito ikins, e em um itefa o Oluwo escolhe o numero de ikins de acordo com a necessidade e a orientação de Ifá.

Também é verdade que um isefa pode ou não ter sacrifícios, pode ou não ter um assentamento de Èṣù, o importante é que prevalece a orientação de ifá nos rituais.

Existem inúmeras variáveis que jamais vai permitir que um sacerdote pense ser dono da verdade por mais que ele conheça sobre Ifá.

Tenho certeza que vão aparecer pessoas para me criticar sobre esse texto, isso não me preocupa.
A minha contribuição esta sendo dada.

As pessoas que não concordarem devem escrever um texto que conteste o escrito por mim, não sou o dono da verdade.

Estou preparado para responder as perguntas não porque sou o pretensioso, estou preparado para responder por que estou na religião a cinquenta e quatro anos e dediquei a minha vida a religião dos òrìsàs, além disso, sigo os princípios de minha família em território yoruba.





A caminhada dentro de ifá.


Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Na tentativa de contribuir para diminuir as dúvidas das pessoas que pretendem se iniciar em ifá e das pessoas leigas que gostam do culto de Òrúnmìlà, nos propomos mais uma vez a escrever sobre esse tema, respeitando as diferenças do culto em cada família, mas divulgando os procedimentos dentro do seguimento que professamos.

Para algumas famílias o isefa não é uma iniciação, em nossa família consideramos o Itefa uma iniciação completa e o isefa uma pré-iniciação, toda a pessoa submetida a um isefa recebe um nome, além das orientações do odu do ritual.

Se a pessoa recebe uma indicação no isefá que deve se tornar um Bàbàláwo, o ifá é alimentado mais uma vez, em um novo ritual, que não acontece no mesmo dia, e um opele de cabaça é consagrado para o inicio dos estudos, durante os estudos o pré-iniciado recebe o nome de awo kekere.

Observação: Esse tipo de situação descrita no paragrafo isefa é mais comum quando o pré-iniciado recebe como orientação em seu isefa um odu méjì, porém existem muitos odus que indicam essa necessidade.

A pessoa submetida a um isefa é chamada Omo ifá, já uma pessoa submetida ao itefa é conhecida como awo ifá, em nossa família consideramos esses dois nomes e usamos a denominação awo kekere, (pequeno segredo), para as pessoas com indicação para itefa e Itelodu.

Existem inúmeras formas de consagrar um opele, uma pessoa que passa pelo itefa, mesmo tendo odu de Bàbàláwo, não tem o seu opele consagrado para atender clientes.

A consagração do opele em alguns casos no itefa, é muito simplificada consistindo em que o opele seja alimentado dentro da vasilha de  Òrúnmìlà, já para consagrar o opele que vai consultar para clientes a consagração é bem diferente.

O uso do ikins para consulta é determinado mais por um habito familiar ou regional que por uma necessidade, com exceção das iniciações ou rituais específicos.

As pessoas, iniciadas para se tornarem Bàbàláwos começam os seus estudos, não no momento que fazem o itefa, começam seus estudos quando na pré-iniciação (isefa), recebem uma orientação de  Òrúnmìlà que tem caminho de Bàbàláwo.

O isefa não é uma cerimonia obrigatória, porém para chegar ao Itelodu é necessário fazer o itefa.
Um isefa leva até três dias para conclusão da cerimonia, já um itefa leva de três a dezessete dias para conclusão das cerimonias, isso não quer dizer que não possa seguir outras indicações, o mais comum é que seja feito em três dias como indica o nome da cerimonia.

Um Bàbàláwo na Nigéria dentro do culto tradicional nunca muda de família, se ele se desgostar ou houver algum desentendimento com seus iniciadores ele vai seguir respeitando por toda a sua vida a família quem o iniciou.

Um Bàbàláwo nunca muda de nome ou retira o nome de sua família, o nome que ele recebeu representa a sua historia e a historia da sua família, além é claro de um compromisso assumido no Igbodu.

Um Bàbàláwo ou uma Ìyánifá recebem esse titulo amparado pelos ancestrais de sua família representados em cerimônias diante de Opa Osun que o guiará no momento da impressão do odu no opon Ifá, não existe a possibilidade de um sacerdote de Ifá seguir um caminho desligado de sua família, isso representaria a falta de ligação com os antepassados, à religião tradicional yoruba é familiar.

O culto a Òrúnmìlà está descrito nos versos de Ifá, não existe improvisação ou criatividade, as cerimônias feitas na Nigéria devem ser reproduzidas com fidelidade sobre o risco, do não alinhamento com a origem, comprometer a veracidade dos atos.




quinta-feira, 17 de março de 2016

Mulher no ifá



Autor:Bàbàláwo Ifagbaiyin Agboola

Nos últimos anos a participação das mulheres no culto a Ifá tem aumentado bastante, mas ainda existe muita confusão com a denominação Ìyánifá e Ìyá apetebi, buscando auxiliar para que não exista mais dúvidas sobre esse assunto vamos tentar explicar mais uma vez.

Uma mulher que foi submetida ao itefa é chamada de Ìyánifá (Ìyá Onifa, mulher que possui Ifá), não devemos confundir com a designação Iyanifa usada para as mulheres que vão se dedicar ao culto de Ifá que consultam com opele e ikins depois de seus estudos, a mesma designação pode ser usada para as duas situações.

As mulheres submetidas ao itefá, com caminho para cultuar òrìsà devem continuar sendo olóòrìsà ou Ìyálóòrìsà, não confundam, por favor.

A Ìyánifá, não vê Iyá odu, nenhuma mulher vê Ìyá odu, então ela não inicia um Bàbàláwo, ou outra Ìyánifá, sem outro Bàbàláwo ao seu lado.

A mulher que depois do itefa segue as orientações de seu odu e se dedica ao estudo de Ifá não necessita estar vivendo em um período que não menstrua mais, um exemplo disso, é que temos iniciações para Ìyánifá, no território yoruba, de meninas com sete, oito anos de idades.

Uma mulher pode passar por um itefa e seguir se incorporando com òrìsà, como no caso masculino, essa pessoa vai seguir um caminho diferente do caminho de estudo de dedicação a Ifá.
As diferenças são definidas não por uma escolha pessoal, mas sim pelo odu do itefa e suas indicações.

Baseado no odu as Ìyánifás tem que se submeterem a algumas cerimonias diferentes daquelas submetidas pelas mulheres que fizeram itefa e vão continuar olóòrìsàs.

Ìyá apetebi é a designação dada à mulher do Bàbàláwo, independente do credo professado por ela desde que respeite a fé do marido.

No Brasil assim como na Nigéria temos vários exemplos de pessoas que são iniciadas em Ifá mesmo pertencendo à outra cultura religiosa como Umbanda e candomblé têm que considerar que Ifá é sabedoria e devemos respeitar as pessoas que professam mais de uma religião ao mesmo tempo.

Uma Ìyá apetebi sempre que possível deve ser iniciada em Ifá e Osún, mulheres que ainda não foram iniciadas nesses Òrìsàs, mas que são as esposas dos Bàbàláwos nem sempre podem participar de alguns rituais.

A ìyá apetebi senta na esteira do Bàbàláwo sendo encarregada do Oṣé do ifá de seu marido entre outras atribuições se for iniciada, caso contrário existe algumas limitações que devem ser respeitadas.

O cargo de Ìyá apetebi é insubstituível, tanto na Nigéria como no Brasil, um Bàbàláwo não pode ter uma segunda ìyá apetebi, e uma Ìyá apetebi não pode abandonar o seu marido, para esse casal não existe divórcio.

Essa situação para as pessoas fora do território yoruba pode causar espanto, mas devemos analisar que a pessoa foi submetida a várias iniciações, consentindo e assumindo as responsabilidades diante do orixá que representa a sua fé, isso se aplica tanto a Ìyá apetebi como ao Bàbàláwo.

O casamento do Bàbàláwo com a Ìyá apetebi, representa mais uma cerimonia diante de Ifá, e somente a Ifá é dado o verdadeiro titulo de a testemunha do destino, isso implica diretamente que ele tem conhecimento de quem vai casar com quem, cabe a ele autorizar a cerimonia ou não.

O respeito deve ser a base do relacionamento, em vários odus fica claro que um Bàbàláwo, não deve ter mais que uma mulher:

Obs: Não confundir com pessoas residentes na Nigéria, nesse país essa pratica é permitida por lei.

Fica claro no ifá que um Bàbàláwo deve respeitar a lei do seu país, o mesmo deve ser um representante da comunidade e um exemplo a ser seguido.

O caso da Ìyá apetebi, Ìyánifá, é um caso mais raro, a mulher iniciada para se dedicar ao culto de ifá que também é mulher de um Bàbàláwo, normalmente é uma pessoa com formação permitida pelo seu Oluwo baseada na formação do Bàbàláwo seu marido, traduzindo ela não tem um Ojugbona o Ojugbona é normalmente o seu marido, considerando o convívio diário essa regra torna-se um benefício para essa sacerdotisa que estuda todos os dias no âmbito familiar.

Observação:

Quando eu digo que um Bàbàláwo deve ser um exemplo positivo, falo de pessoas com uma estrutura de atendimento que constantemente inicia outras pessoas, não estou falando de iniciados.

Uma pessoa é iniciada para conhecer o seu destino e melhorar a sua forma de ver a vida e os seus semelhantes, se ele fosse perfeito não precisaria ser iniciado, sendo assim é comum que um Bàbàláwo, inicie pessoas que ele discorda, se ele fosse iniciar só as pessoas que simpatiza não seria um sacerdote.

A mulher vem aumentando a participação no cenário religioso do novo mundo, embora um grupo muito pequeno se negue a reconhecer a importância da mulher em nossa religião e tente menosprezar a figura feminina, examinando os versos de Ifá fica nítida a importância das mulheres nos momentos decisivos para a humanidade.






segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Não é necessário iniciar em òrìsà.


Autor:Bàbàláwo Ifagbaiyin Agboola


Quando escrevi sobre Ìyá mi inúmeras pessoas resolveram escrever sobre o assunto e discordaram de algumas partes do texto que postamos, posteriormente esclarecemos as dúvidas postando versos de ifá.

O mesmo aconteceu quando postamos inúmeros textos e agora acontece à mesma a mesma situação, novamente existem pequenos pontos de discordância que estamos esclarecendo com versos de ifá, postados por grandes e respeitados Bàbàláwos da Nigéria.

O texto de ìyá odu nos deixou muito feliz porque confirma o número enorme de seguidores que leem tudo que postamos muitas dessas pessoas não tiveram a mesma oportunidade que tivemos de aprender com bons sacerdotes sobre ifá, outros aprenderam em suas famílias algumas coisas que difere um pouco daquilo que é praticado no território yoruba.

Não acredito que as divergências sejam por maldade, infelizmente nem todos tem acesso à informação, mas de qualquer forma estamos muito felizes com o resultado do nosso trabalho.

Esse verso em ifá do odu ogbe di é muito especial e confirma o que nós postamos no texto de Ìyá Odu, um Bàbàláwo não necessita passar por uma iniciação de òrìsà para que possa iniciar outra pessoa, desde que tenha sido submetido às cerimonias corretas.

É evidente que para iniciar outra pessoa no culto de um determinado òrìsà o sacerdote deve estar preparado.

Com mais de meio século convivendo com essas pessoas em nosso país aprendi que antes de postar um texto já devo deixar preparada a comprovação da veracidade, sigo matando um leão por dia.

OGBE ODI

Abowaba awo ode orun
A d'ífá fún Ogun
Lojo tó nbà wá sodé ayé
Ó fi orí /e odo Orunmila
Kí ó le mo bi irin ajo naa
Se má ari ó ní agbara
Atí gbà emi fún íjiya
olorun ati Òrìsà
Won ní kó rubo
Kó tó lo si ajo
Kó fi adá rubo
Si Òrúnmìlà
Ki Òrúnmìlà le fún
Ati àwon omo re
Agbara atí gbà emí
Gegebi etutu si Òrìsà
Ati egún
Orunmila so wí pe
Bo se wà lati atete kó se
Ti Bàbàláwo atí iyaonifá
Bà bere Ifá
Atí asé lowo ogun
Fun etutu
Àwon Orisà
Ogun rubo
ó fún Òrúnmìlà lo be
Oná sí la fún ó je pe
Àwon omo Òrúnmìlà ni
Yó ó sa lati iyaonifa
Ní ase
Won nkorin
Ogun fún wón ní ase
Lati odo Òrúnmìlà pe
Ti won kó ba rubo
Kó ní si ibukun
Atí alafia laye
Abowaba awo ode Orun
A d'ífá fun Orunmila
Kó ní ipin
Pelu Orunmila ko le
Dí bàbálawo atí asiri
Àwon omo Orunmila
Agbara àwon olugbe aye
Ní yó ó fún won ni
Ominira ojuse ogun ni
Pelú Orunmila  náa ní
Agbara atí rubo
Gbá emi fún ijaja
Gbara àwón tó ntele
Atí áwon tó ntele
Olorun
Àwon omo Orunmila
Gbà se lówo ogun
Atí lkin Ifa
Ní gbatí Orunmila
Se itefá fún won
Won gbà ase Orunmila
Tori pe won
lgbese otíto ji ó ji o
Orunmila fun niase
lru eyí tó fún ogun
Ohun lo so dí Bàbàláwo

Verso publicado por Apola. 


PORTUGUES

No dia em que vinha em direção a Terra
Ele disse para ir para a casa de Òrúnmìlà
Ifá disse-lhe para ter sucesso na sua missão
Eu era e disse que ele tinha o poder
Leve a vida
Como punição de OLORUN
E como um sacrifício para Òrìsà
Ele deve ser o sacrifício feito
Antes de sua partida
E oferecer Òrúnmìlà
SUA FACA
Òrúnmìlà e
seus filhos e filhas sacerdotes
Pois receberam a autoridade
Para tirar a vida para o sacrifício
Òrìsà
Òrúnmìlà disse posteriormente
Bàbàláwos e iyaonífás
Ele foi iniciado em Ifá
Eles receberão autoridade Ògún
Òrìsà sacrifício e Ògún
Ògún fez sacrifício e entregou a faca para Òrúnmìlà
Missão foi bem sucedida
Para os filhos de Òrúnmìlà
Eles cuidam de sacrifício Òrìsà
Eles terão autoridade
Concessão que eu tornado
Sacerdotes Òrìsà
Eles cantaram que
RECEBERAM a autoridade
Òrúnmìlà
Deu-lhes
Filhos de Òrìsà.
Òrúnmìlà média
Sem sacrifício
Faria BÊNÇÃOS 





sábado, 20 de fevereiro de 2016

A nossa religião tem regras descritas nos por Orunmila.  



Autor: Bàbàláwo Ifagbaiyin Agboola

Com o passar do tempo muito se tem escrito sobre a verdadeira função do sacerdote dentro da religião afro-brasileira, mas a impressão que eu tenho é que quase nada foi esclarecido, um Bàbàláwo ou um Babalórisá é confundido como um proprietário da pessoa iniciada, as confusões acontecem ou por parte de quem é iniciado ou por quem inicia. É muito comum ouvir em minhas palestras perguntas sobre a relação de pais e filhos ou irmãos na casa de Òrìsà.

Algumas pessoas acreditam que se forem iniciadas pelo mesmo sacerdote que iniciou o seu cônjuge a situação caracteriza um incesto, isso nos leva a seguinte pergunta somos católicos ou pertencemos a Religião Yoruba (Èsìn Yorùbá) qual é a nossa verdadeira religião?

Uma grande quantidade de pessoas iniciadas em Òrìsà ainda seguem preceitos católicos ou orientações espiritas por desconhecer os versos de Ifá, não sabem que dentro desses versos existem as normas de comportamento que orientam os iniciados e o seu comportamento diante de Olodumare.

Eu escuto todo tipo de pergunta, é melhor assim, pior seria se as pessoas não perguntassem, continuassem com suas dúvidas, acredito que devemos dividir informações.

Existe algumas coisas que devem ser esclarecidas, uma pergunta frequente é relativa a preceito, sexo e pecado, no Odu Òwónrín Òfún, fala que o sacerdote não deve fazer sexo com sua esposa naquele dia, ele está comprometido com os rituais, todos as orientações de comportamento podem ser encontradas nos versos de Ifá, no Odu Osa Otura, fala que devemos sempre falar a verdade, no Odu Ògúndá ogbe, diz que não devemos roubar.

Um texto de Ifá muito conhecido do Odu Osetura, fala da importância das mulheres, do respeito que os homens devem manter por suas esposas, filhas e por suas mães, outro texto do Odu Òfún Meji, diz que o iniciado em ifá deve ver Iya Odu e se tornar um Bàbàláwo, já no Odu Ogbe Meji, fica claro que a principal esposa de Òrúnmìlà só pode ser cultuada por quem passou por um ritual chamado Ipanodu (cerimonia que o awo se torna um Bàbàláwo, momento que apaga se a luz para ver Odu).

No Odu Ogbe Ògúndá, fala sobre a relação financeira homem e a família da esposa diz que até o casamento todas as despesas da mulher devem ser mantidas pela família, mas depois do casamento o marido não deve deixar que a mulher passe necessidades, a manutenção da casa é responsabilidade daquele que assumiu a relação diante da família.

Ainda no Odu Ogbe Ògúndá, vamos encontrar dados referentes ao casamento de um Bàbàláwo, nesse Odu diz que não deve haver a separação e nem o adultério, que as pessoas deveriam antes de assumir uma relação pensar bastante, fala ainda que aquele que escolheu viver com uma única mulher deve respeita-la e protege-la, ainda nesse Odu vamos encontrar uma advertência contra o uso de magia maléfica contra o cônjuge, nesse caso Ifá vai se lançar em sua defesa e não sabemos o que pode acontecer; nesse Odu diz que o Bàbàláwo deve ter uma postura digna e não deve se envolver com outras mulheres, a punição para o sacerdote que não cumprir essa orientação diz Ifá: (que ele nuca vai atingir o sucesso em seu trabalho).

Obs: Com respeito ao numero de esposas o Bàbàláwo deve seguir a orientação do seu odu e buscar uma forma de respeitar a cultura local, podemos tomar como exemplo o odu Oyeku Meji a onde ifá diz:

Que aquele nascido sobre esse signo só pode ter uma esposa, é evidente que também podemos considerar a leis de cada país, no Brasil é crime manter se casado com mais de uma pessoa.

O Odu Ogbe Ogunda, fala da punição do Bàbàláwo, que desejar a mulher de outro awo, diz Ifá (aquele Bàbàláwo ou iniciado em Ifá que deitar com a mulher de outro awo, não deve ver outro amanhecer).

No Odu Ogbe Meji, a necessidade do comportamento digno é enfatizada, de tal forma que a punição seria o infortúnio, a falta de sucesso e o total esquecimento, o abandono do sacerdote, suas orações não devem ser ouvidas, essa é uma das punições mais temidas, a relação homem Òrìsà deixa de existir.

No Odu Obàrà Ògúndá encontramos em detalhes, a relação de um Bàbàláwo, com a sua Iya Apetebi, nesse verso de ifá diz (a escolha da esposa de um Bàbàláwo é apontada por Ifá quando ela nasce), existe vários Odus que indicam essa relação, assim como também existe uma identificação bem clara nos versos de Ifá sobre quem deve se tornar um Iniciado e quem deve se tornar um Bàbàláwo, ver Odu: Ogbe Meji, Oturupon Meji, Irete Meji, \ Iwori Meji etc.

No Odu Òwónrín Odi, aparecem algumas indicações sobre a necessidade do homem cumprir o seu destino, assim como no Odu ogbe Ògúndá, fala do cuidado com o Orí e a relação do homem com o destino por ele escolhido, tendo como testemunho Òrúnmìlà, isso nos remeti a uma reflexão encontrada no Odu Ogbe Meji (nem um homem deve se comprometer com um Òrìsà antes de conhecer o seu destino) essa afirmação indica claramente que o homem deve conhecer a indicação de Ifá para ter uma orientação sobre a sua vida religiosa, não é o homem que escolhe o Òrìsà é Ifá quem indica os Òrìsà que devem ser cultuados.

No Odu Obàrà Irosun, fala da punição violenta caso o iniciado não respeite o seu sacerdote e vice versa, o respeito deve ser mantido a qualquer custo assim como a segurança da egbe (família) o sacerdote deve usar todos os recursos que possui para proteger a sua família, dele será cobrado à omissão.

Ainda no Odu Obàrà Irosun, Ifá alerta sobre o uso do Opele, quem pode usar e sobre a remuneração, aquele que não usar o Opele com dignidade jamais vai ver o sucesso, nesse verso ifá deixa claro que um sacerdote não pode mentir e usar um instrumento de consulta em seu beneficio, jamais será aceito qualquer tipo de mentira usando o nome de Ifá.

O Odu Ogbe Otura, fala de Ìwà (caráter) a indicação é clara nesse odu, a necessidade de manter uma postura reta, faz parte do dia a dia do iniciado, temos a obrigação diante dos Òrìsàs, de manter um comportamento que honre toda nossa família e nossos antepassados, independente de nossa idade, a juventude não é desculpa para o erro a pouca idade, é característica que indica a inocência e não a má conduta fica bem clara no verso do Odu Òfún Ose, que diz (é preferível um sacerdote jovem e honesto que um velho sem caráter).

Nos versos de Ifá vamos encontrar inúmeras recomendações de comportamento, inclusive referente à higiene, no Odu Ose Odi, consta uma relação bem clara sobre a necessidade de se manter limpo e com o corpo asseado, ainda nesse Odu diz Ifá (o homem tem responsabilidade com seus filhos até que possam se manter encontrar uma ocupação e ter sua renda, é responsabilidade dos pais manter os filhos menores).

O Odu Obàrà Irosun, em seus textos indica que a pessoa que foi iniciada no culto aos Òrìsàs ou no culto a Ifá deve fazer oferendas às divindades e manter os seus assentamentos em ordem, limpos o Ose (limpeza semanal) é responsabilidade do iniciado e não do sacerdote.

Ainda falando do comportamento de um Bàbàláwo, diz Ifá no verso do Odu Òfún Gbadara, as coisas de Ifá não devem ser comercializadas por um Bàbàláwo, (um Bàbàláwo não deve ser um comerciante), nesse mesmo Odu diz (aquele que lhe prestou um favor, lhe deu uma ajuda deve ser recompensado) todo trabalho espiritual tem que ser remunerado, se não for assim como o sacerdote vai poder manter os seus assentamentos e continuar atendendo as necessidades dos que o procuram.

O Odu Òfún Ogbe, fala da prosperidade do Sacerdote fala que aquele que trabalha corretamente terá uma vida tranquila, assim como aquele que possui Ikins nunca lhe faltara o alimento (Odu Odi Ika).

Um verso do Odu Ògúndá Ogbe, orienta sobre o dia do Ose semanal, um dia da semana devem ser reservados para cuidar dos òrìsàs, nesse dia os assentamentos dos Òrìsàs devem ser limpos, já no Odu Òkànràn Obàrà a orientação é sobre o assentamento de Egúngún, diz Ifá (aquele para quem aparece esse odu) deve manter viva a imagem de seus antepassados, essa pessoa deve ser iniciada no culto a Egúngún e deve honrar todos de sua família, com um assentamento que deve ser mantido sempre limpo e bem cuidado, é obrigação dessa pessoa escolher um sucessor que ira manter esse assentamento para que esse culto não deixe de existir.

No Odu Iwore Meji, fala sobre fazer magias para quem não tem como se defender, sobre o uso do conhecimento de um sacerdote contra quem não merece tal atitude, diz Ifá (aquele que ataca um inocente a maldade e a destruição voltariam para prejudica-lo).

No Odu Osa Meji, está bem claro que não devemos julgar o nosso semelhante, só Ifá pode saber o futuro de cada pessoa diz Ifá: (um Orí coroado não pode ser reconhecido por um ser humano, só Ifá identifica o Orí que será beneficiado), não devemos menosprezar ninguém.

O Odu Oturupon Òfún, fala sobre o suicídio, não é permitido a ninguém essa pratica só Ifá sabe e pode mudar o dia da morte, ainda nesse Odu diz Ifá: à longevidade não é encantamento, devemos nos afastar de tudo que possa diminuir o tempo de nossa vida, devemos fazer tudo para alcançar a longevidade.

No Odu Ogbe Ògúndá, Ifá é bem claro não devemos ser arrogantes dentro da relação afetiva, devemos buscar o companheirismo como forma de melhorar os relacionamentos.

Em Ika Ògúndá, ifá fala sobre a necessidade de orar para obter sorte e prosperidade, o homem deve manter suas orações, como forma de disciplina e humildade, nesse Odu assim como no Odu Ogbe Ògúndá, diz: o horário de fazer as orações preferencialmente pela manhã logo que acordamos.

O Odu Osetura, diz não devemos nos exibir, devemos manter uma vida regrada e sem exageros, um homem não deve discriminar uma mulher e uma mulher não discriminar um homem, um velho jamais deve ser discriminado por jovem da mesma forma que um jovem não deve ser discriminado por um mais velho, o respeito deve existir indiferente da idade ou sexo.
No Odu Otura Irete, Ifá diz: (a bondade deve ser cultivada como forma de gratidão) a bondade deve ser praticada, não devemos ser ingratos, só Ifá sabe se não vamos necessitar em um futuro da ajuda de quem nos beneficiou no passado, não devemos desfazer de quem um dia nos ajudou.

O Odu Otura Òfún, deixa bem claro a necessidade de manter os ebós indicados por Ifá, se uma pessoa consulta, toma conhecimento do problema e não fazer os ebós indicados à responsabilidade deixa de ser do sacerdote.

No Odu Òtúrúpon Otura, fala sobre a necessidade de o sacerdote estudar e ter conhecimento para honrar seus antepassados com sua capacidade, diz Ifá: é responsabilidade do iniciado, assim como do sacerdote o aprendizado, a capacitação daquele que abre as portas para o atendimento é uma responsabilidade assumida diante de Ifá, todo ato praticado dentro da casa de Òrìsà tem que seguir a orientação dos versos de Ifá; no Odu Iwori Otura, fala sobre a disciplina dos estudos e a educação do iniciado em Ifá deixando bem claro que devemos nos dedicar para obter uma educação adequada. O Odu Irete Òfún, fala do estado de perfeição e o alinhamento com Olodumare se não somos perfeitos devemos buscar a melhor forma de se assemelhar com a perfeição.

O Odu Iwori Òfún, fala do respeito que temos que manter por todas as pessoas, se queremos ser respeitados, devemos respeitar todas as pessoas sempre, a vida é um benefício recebido das mãos de Olodumare cabe a nós tornar digno o viver.





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