quarta-feira, 26 de março de 2014

  

Orunmila e o eufemismo.




Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola.

Primeiramente para ficar bem esclarecido o medo é uma condição, que pode ser imposta por ações, gestos ou de forma sutil levando a pessoa a um raciocínio direto de forma indireta. Existem várias formas de conduzir um dialogo produzindo efeitos mirabolantes aos feitos outrora citados, na realidade é o sujeito que faz propaganda dele mesmo e não cansa de dizer o quanto ele é perverso.

Analisando o relato de inúmeras pessoas atendidas por mim, essa pratica é muito comum, o sujeito nos primeiros contatos demonstra sempre ser bom e compreensivo, mas com o passar do tempo vai introduzindo afirmações do quanto ele é poderoso criando na vitima uma aérea de impacto que com golpes sucessivos imprimi a marca do medo, criando um espaço para opressão e a extorsão.

Na realidade o mau caráter premedita muitas vezes de forma inconsciente, mas na maioria das vezes segue um script bem conhecido e bastante comum.

Quando ele percebe que a vitima o teme ele se engrandece e menospreza a capacidade de defesa da vitima, ele maximiza o seu suposto conhecimento e minimiza a capacidade de raciocínio do então dominado, esse teatro de horrores incapacita a ação de defesa e vulnera e deprimi uma reação futura.

O comportamento acima descrito serve como preparação da extorsão e da opressão, o oprimido costuma abrir mão de somas que ele não tem em um momento que ele não poderia, justo para a pessoa que menos merece. Esse estado de abalo envolve de tal forma a vitima que além de pagar altas somas inconscientemente divulga uma imagem positiva daquele que o oprimi por temer reações ainda mais agressivas e submetendo as a extorsão e a chantagem.

O arquétipo do valentão sabido e todo poderoso é reforçado com uma dose forte de um pretenso dom sobre natural que o torna um ser especial qualificado a capacidade extraordinária que o dimensiona em tal importância que os demais sempre se sentem minúsculos, traduzindo isso tudo é o famoso morde e assopra, mantendo a vitima assustada, mas não deixando que ela se desespere por que se isso acontecer ela pode buscar ajuda fora, e os sabidão não querem perder os benefícios financeiros e muitas vezes íntimos já alcançados.

No inconsciente se você aprofundar analise do comportamento acima descrito será encontrado aquele que subjuga força, mas que na verdade é um fraco, que quer parecer forte.
Ele se impõe desfrutando do clima de terror e do pânico instalado para pousar de líder, mas a submissão e a extorsão caracterizam a dependência e em hipótese alguma retratam a admiração ou o respeito.

Em seu interior o chantagista opressor sabe do porque manter a vitima próxima dele, além de imprimir o medo ele precisa constantemente amplificar diante da vitima o seu conhecimento, sendo assim a vitima teme buscar novos horizontes porque acredita que não existe outras pessoas com a mesma capacidade que o seu opressor. Esse jogo de gato e rato pode seguir por muito tempo, para o gato matar o rato é terminar com a brincadeira, então disfarçado de amigo ele demonstra uma preocupação que não existe, um respeito que nunca houve, e uma amizade que gera lucros.

É interessante ver que a situação é comum em vários segmentos religiosos, mas na verdade isso é caracterizado no comportamento humano, no dia a dia vemos vários exemplos, você já ouviu falar daquele gerente que propõe vantagens se receber uma atenção sexual adequado, ou ouviu falar daquele chefe de setor que promete uma folga no sábado para o subalterno que relata a opinião dos colegas sobre ele.

Está implícito no mau caráter o desejo de chantagear, a necessidade de oprimir e o prazer de reprimir, isso sempre visando algum tipo de vantagem, mesmo que seja um prazer de se sentir algo que ele já mais vai ser, é como se um gato se visse em um espelho imaginando ser um leão, em sua pretensão as garras e os dentes assim como a juba são frutos da sua imaginação, a arrogância com quem não consegue reagir e as armas por ele usadas demonstram a covardia nele nítida caracterizando um comportamento doentio e repulsivo.

E com eufemismo eu descrevo muitos supostos lideres que eu conheço.




A criatividade no Ifá.




Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola.


Esse texto é em homenagem ao meu ojugbonan João Assef, que sempre demonstrou o principal ensinamento de ifá a honestidade.

Há mais de vinte quando me iniciei em ifá vi o que ifá como uma linguagem única contida nos versos tradicionais, já naquela época me dediquei as possíveis variantes fui iniciado em Oro que na família que fazia parte chamava se Oron variantes de região e até de países para não citar influencias culturais e históricas, todas as aceitáveis do ponto de vista cultural.

O tempo passou e a minha cabeça ainda se nega a aceitar as variantes criativas e proponho nesse texto chamar a atenção dos meus leitores para uma reflexão sem apontar o dedo, mas com uma indicação clara que a criatividade é perniciosa no culto a orisa.
Vamos analisar a seguinte questão, isefa:

Por que alguém colocaria um opon em uma pré-iniciação de isefa, se ela ainda desconhece o odu e o opon é um instrumento de sacerdote?

Por que alguém colocaria um iroke em uma pré-iniciação de isefa, se ela ainda desconhece o odu e iroke é um instrumento de sacerdote?

Por que alguém colocaria um opele em uma pré-iniciação de isefa, se ela ainda desconhece o odu e opele é um instrumento de sacerdote?

Por que alguém colocaria um ajere em uma pré-iniciação de isefa, se ela ainda desconhece o odu e o ajere é um instrumento de sacerdote?

Por que alguém colocaria um irukere em uma pré-iniciação de isefa, se ela ainda desconhece o odu e irukere é um instrumento que caracteriza a iniciação?

Por que alguém pintaria um omo ifá se a pintura é usada na iniciação?

Por que alguém rasparia a cabeça no isefa se vai ser obrigado a raspar na iniciação (itefa)?

Existem varias formas aceitáveis para responder essas questões, uma delas seria a difenças das famílias e locais de origem, mas se em todo território yoruba, isefa não é considerado iniciação e sim pré-iniciação como explicar as questões acima?

Eu já vi de tudo, vi fotos de awos entrando no igbodu com o opele no pescoço então eles receberam o opele antes de saberem seu odu?

A verdade é que o povo brasileiro tem uma criatividade muito grande estou vendo com o passar do tempo babalawo dando consulta com o preto velho, nada mais me surpreende.

Não quero dizer que todo mundo é safado, mas que o povo é criativo não podemos negar, tem até iniciação sem os rituais de Osun (que representa os antepassados do babalawo) quem poderia imaginar iniciação sem Osun?

Tem até um maluco colocando o cabelo dos iniciados dentro do Exu o sujeito vai se iniciar tira o cabelo para levar com ele dentro do Exu o seu próprio carrego por toda a vida?

Tem um doido que até coloca fogo no Exu na iniciação, isso deve ser um problema mental, porque iniciar a pessoa botando fogo no Exu dela é coisa de maluco!

A verdade é que não consigo aceitar a criatividade no Ifá!




sexta-feira, 7 de março de 2014

Ifá me responda é amor ou ódio?


Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola.


Uma vez ouvi dizer que o sentimento mais próximo do amor é o ódio, dizem os especialistas nessa aérea que uma pessoa quando ama muito e o seu amor é rejeitado imediatamente esse sentimento se transforma em ódio.

Resolvi abordar essa questão como forma de descrever alguns incidentes do passado, tive oportunidade de ver algumas fotos e observar com cuidado algumas pessoas, o sentimento que elas têm por mim é tão forte que podemos descrever como doença.

Alguns desses indivíduos me imitam em tudo na minha forma de falar, rezar e até na minha forma de vestir, pessoas que não usavam idé e que hoje usam uma grande quantidade de idé nos dois pulsos sem mesmo saber o porquê, ou melhor, eles sabem o porquê, porque querem ser como o Ifagbaiyin.

É terrível que isso aconteça porque pessoa que não escreviam hoje copiam parte dos meus textos e pousam de escritor no facebook, pessoas que me idolatravam e que por uma razão ou outra tivemos um afastamento, é fácil identificar tais pessoas elas hoje são os meus maiores inimigos, mas há pouco tempo atrás uma delas me disse (você é o maior sacerdote que eu vi em toda minha vida, nunca imaginei conhecer alguém como você, você é tudo que eu quero ser em um futuro), é difícil acreditar que uma pessoa que fez essa declaração lidere um pequeno grupo contra mim.

O tempo passa e de forma implacável ele julga aqueles que falam demais, um desses senhores o ano passado comentou com algumas pessoas que eu estava acabado, depois que ele comentou isso fiz mais de 200 iniciações estranho que o pensamento negativo dessas pessoas me favoreçam tanto.

Quem não conhece a história pode achar que eu sou arrogante, mas me conhecendo melhor vai entender esse texto, não é arrogância é descrença nas pessoas, o mesmo sujeito que comeu na minha mesa um dia, no outro reza abilu contra mim, esquecem eles que se eles têm orisá eu também tenho e com detalhe eu já tinha orisá quando eles nasceram.

O amor e o ódio explicam as alterações no sentir, mas a consciência é quem julga o agir, e se você agi de má fé certamente vai enfrentar problemas, eu estou tão bem com a minha consciência que às vezes até me divirto com os magos de plantão.

Ifá é muito bom comigo, os orisás são muito bondosos, eu só tenho a agradecer, vivo minha vida fazendo o que eu amo, e junto com quem eu amo o amor, o carinho e o respeito pelos orisás me fazem seguir em frente, às vezes me entristeço com essas pequenas coisas criadas por pessoas pequenas.

Mas até que a mentalidade do nosso povo mude vamos temperando a nossa alegria com esses pequenos problemas, com a certeza que ninguém consegue enganar tantos por tanto tempo, imagino que a verdadeira historia possa ser contada em breve, resta no momento entrelinhas com sofismo descrever o que é obvio o despeito e o ciúme.



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O Jeitinho brasileiro e o ifá.



Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola.


Muito se tem falado sobre o jogo de cintura dos brasileiros e a sua criatividade, na realidade em minha opinião o que o povo chama de jeitinho brasileiro, para mim é uma tentativa de ludibriar as regras, então se você não gosta de regras não se inicie em ifá.

Vejamos em minha caminhada vi sacerdotes com casa aberta sem Ogun assentado, vi pessoas atendendo com merindilogun sem ter Osun assentado, vi Egungun sendo assentado para quem não é iniciado e vi Ogun assentado em apartamento isto tudo faz parte do famoso jeitinho brasileiro.

Analisando com calma algumas situações por mim encontradas no dia a dia das consultas mesmo que eu quisesse não poderia fechar os olhos para tantos equívocos, uma iniciação em Iya mi, assim como uma iniciação em Egungun e ifá, tem diversos segredos na verdade quase tudo não deve ser divulgado, mas cada ato de um itefa é descrito em um odu, o odu para consagrar um iroke é diferente de um odu para consagrar um opon, assim como para consagrar um opele existe um odu que descreve a cerimonia.

O comportamento de um Babalawo assim como o de sua Iyapetebi é descrito nos versos de ifá o simples ato de colocar uma folha da boca de um cabrito consta dos versos de ifá, a higiene de um Babalawo consta dos versos de ifá, se você quer usar cabelo comprido e não de fazer a barba vai ser um roqueiro, um Babalawo segue regras e isso esta bem claro.

O jeitinho brasileiro não tem lugar no ifá, se você acha que sou chato, eu sou mesmo, se você quer enganar as pessoas e levar vantagem em tudo procure outro Egbe na nossa família seguimos regras, se você não respeita as pessoas procure outro caminho o ifá que conheço exige uma postura exemplar de seus membros não somos perfeitos, mas buscamos a perfeição o tempo todo.

É lamentável que em muitos seguimentos o nosso povo seja reconhecido no exterior pelo seu comportamento desregrado, um exemplo simples é o numero de brasileiros que ocupam as cadeias dos mais diversos países. A população carcerária internacional tem dados alarmantes sobre o povo brasileiro, é bem verdade que algumas pessoas são enganadas em outros países, mas a realidade sobre o comportamento de algumas pessoas do nosso povo dentro e fora do nosso país é vergonhosa.

O povo que curte o Big Brother e o Faustão é o mesmo que elegeu o Tiririca, é o pessoal que acha que a maconha não vicia e que pagar o pedágio das rodovias é um roubo, é o pessoal que faz o famoso “gato” na energia elétrica, dirigi os veículos sem habilitação, bebem umas cervejinhas todos os dias e não pagam suas contas.

Graças a Deus esse povo é uma minoria e a famosa lei de Gerson (levar vantagem em tudo), esta desaparecendo, o nosso povo esta acordando.

O ifá existe para contribuir para a melhora das pessoas, mas não faz vistas grossas para a falta de caráter, o ifá exige a mudança, a consciência do problema implica diretamente na responsabilidade da mudança se você não quer mudar não se informe, fique na sua insignificância, a ignorância vai justificar os seus erros.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

PROJETO
IFÁ É PARA TODOS.


Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola.


Inicio do trabalho quinze de fevereiro de 2012.

Objetivo

Diminuindo os custos de atendimento o projeto ifá é para todos compartilha com publico em geral as informações necessárias para o culto de Orunmila e o realinhamento com o destino.

O combate aos autos custos aplicado atualmente às iniciações em ifá tem como objetivo levar as informações e o atendimento para pessoas com o poder aquisitivo baixo.

Com esse projeto, jovens e idosos, assim como pessoas portadoras de deficiência físicas e mentais tem atendimento gratuito.

Seguindo as orientações de ifá estamos há dois anos viajando pelo nosso país, agende conosco a visita a sua cidade.

Quem já alcançou o topo puxa a mão do amigo para que também possa alcançar!


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013


Ifá tem regras.


Autor; Babalawo Ifagbaiyin Agboola
Um babalawo não usa drogas, não é alcoólatra, ele não quebra a sua palavra, ele não trai.
Um babalawo não desperdiça o seu dinheiro, um babalawo não rouba, um babalawo age com moderação.
Um babalawo é um trabalhador, um babalawo não pode ser um desocupado, um babalawo tem que ser honesto.

ÒTÚRÁ-RETE
Òtúrá-Rete controla você.
Se você nascer, tente se produzir novamente.
Òtúrá-Rete, Amuwon, Amuwon, ele que sabe que a moderação nunca entrará em desgraça.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que está trabalhando.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que não desperdiçará o dinheiro dele.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que não roubará.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Ele que não tem dívidas.
Eu digo: Quem sabe a moderação?
Orúnmìlà diz: Aquele que nunca bebe álcool,
aquele que nunca quebra um juramento com os amigos.
Òtúrá-Rete, aquele que acorda muito cedo e medita dentro dele por causa das atividades!
Entre os espinhos e cardos,
a folha do dendezeiro se projetará para fora.
Jowóro nunca gastará todo o seu dinheiro,
Jokoje nunca será um devedor.
Se Eesan dever muito dinheiro, ele pagará a dívida.
Amuwon é o ameso, (aquele que tem um bom senso do que é certo).
“Afolabi Epega”

domingo, 15 de dezembro de 2013

iniciação em Ifa, Itefá.


Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Hoje me lembrei de uma pessoa que eu conheci esse senhor que se chamava Antônio cursou seis meses direito, um ano engenharia e seis meses de administração de empresa.

Essa situação onde se percebe a dificuldade de algumas pessoas para identificar a carreira a seguir é bastante complicada, algumas pessoas enfrentam algumas criticas que podem ser consideradas como indecisão.
 em 
Outras pessoas conseguem concluir os cursos que nunca vão ser usados, porque na realidade a não tem nenhuma identificação com a carreira anteriormente escolhida.
Estamos aqui analisando um aspecto isolado no caso a carreira profissional, mas essas dúvidas podem ser encontradas diariamente por todos nós, a diferença que uma pessoa iniciada em ifá, tem acesso a informações confiáveis que orientam que direção seguir.
Eu costumo dizer que é quase como um renascimento, ser iniciado em ifá, (fazer um itefa), a partir da iniciação seguimos as orientações de Orunmila e a caminhada se torna mais fácil, muitas vezes estamos caminhando no sentindo oposto há aquele escolhido por nós, antes do nascimento.

O itefá é um momento mais importante na vida da pessoa que escolhe a religião tradicional yoruba, esses conjuntos de cerimônias mudam ou redefinem o caminho a ser percorrido.

Um itefá pode durar de 3 a 17 dias, mas em média leva 7 dias para babalorisas e iyalorisas, já os awos tem um período de recolhimento diferenciado.

As cerimônias que envolvem a iniciação em ifá começam com a preparação do igbodu, cabe aqui uma explicação que esclareça definitivamente a questão do igbodu, o espaço destinado à iniciação de babalawo onde são feitos os rituais, não tem nada haver com floresta ou mata, o termo igbó em yoruba quer dizer floresta, mas para o igbodu não se usa essa expressão dessa forma literal.

A floresta sagrada por nós conhecido como igbodu é um espaço que pode ser descrito como o local onde a mais importante de todas as árvores fica plantada durante os rituais, o assentamento de Osun (antepassados), representa o tronco da arvore genealógica do Egbe Ifá, as raízes fincadas na terra são espíritos de arabas, oluwos e babalawos que estão agregados em uma só divindade, cada awo representa um galho que brota dessa árvore que une gerações de fé e amor a Orunmila.

O caminho que leva ao igbodu onde está Osun (antepassados), tem nove buracos do lado direito e sete buracos do lado esquerdo, dentro desses pequenos buracos na terra alguns elementos são depositados.

O ritual do itefá é facilmente identificado em seu inicio com a figura do oluwo à frente, a iya apetebi com o yangui de Esu sobre a cabeça, o babalawo à direita e uma iyanifa à esquerda com um recipiente na mão, seguidos pelo iniciado com o carrego e o seu ojugbonan que muitas vezes pode ser o seu próprio babalawo.

Em um segundo momento vários rituais são processados desde a retirada do cabelo, banho com folhas e pintura, não necessariamente nessa ordem, é evidente que nesse texto não vou descrever em detalhes a sequência de um itefá.
Quando o iniciado sentado atrás do seu oluwo coloca suas mãos sobre os ombros dele, o odu é obtido pelo sacerdote.

Esses rituais tem como finalidade chegar ao momento mais importante que é a obtenção do odu de nascimento do iniciado, só no itefá isso é possível, esse odu serve como referência e orientação, devendo ser estudado exaustivamente, pois dentro dele em suas histórias poderão ser encontradas as respostas para todas as dúvidas.
Só aquele que foi submetido a um itefá tem a informação definitiva sobre o seu odu, só aquele que foi submetido a um itefá conhece o seu destino.

Para mim a iniciação em ifá é comparada ao mapa que vai guiar o iniciado na viagem da vida, aquele que não tem o mapa perde tempo e muitas vezes andam em círculos enfrentando inúmeras dificuldades, mas a pior delas é a insegurança do caminho a ser seguido.

Obs:  Na tentativa de manter em segredo alguns rituais o numero de buracos no chão citado acima diferem daqueles usados na realidade, que servem somente como exemplo.



Por que o Ifá é indicado para quem segue a Umbanda?

  Por que o Ifá é indicado para quem segue a Umbanda? Quando me pediram para escrever sobre a Umbanda e o Ifá, pensei muito antes de aceit...